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Mundial de Endurance

Hypercars confirmados para 2020/21 com Toyota e Aston Martin

LE MANS – A corrida contra o tempo e para o campeonato 2020/21 do Mundial de Endurance já começou: o ACO bateu o martelo em definitivo e a proposta dos chamados Le Mans Prototype Hypercars foi enfim aprovada e anunciada nesta sexta-feira, na mesma coletiva em que foram confirmados os carros do WEC para o […]

Toyota-GR-Concept-Hypercar-2019
O GR Sport Concept será o carro da Toyota para o regulamento Le Mans Prototype Hypercar, para a partir de 2020

LE MANS – A corrida contra o tempo e para o campeonato 2020/21 do Mundial de Endurance já começou: o ACO bateu o martelo em definitivo e a proposta dos chamados Le Mans Prototype Hypercars foi enfim aprovada e anunciada nesta sexta-feira, na mesma coletiva em que foram confirmados os carros do WEC para o oitavo campeonato da série.

Exatamente um ano após o lançamento da polêmica ideia – porque criou uma série de rumores, discussões, diz-que-diz-que e até motivou possíveis cizânias – consegue-se chegar a um denominador comum, porém com um problema. A temporada de estreia será em menos de um ano e meio.

Quem garante que haverá mais interessados na fórmula proposta do que a Toyota e a Aston Martin?

A menos que o regulamento se mostre viável em termos de controles de custo e principalmente de BoP, que será aplicado na categoria principal já em 2019/20, a competição pode não ter a quantidade esperada de fabricantes. Hoje, na coletiva, até achei que Zak Brown estava representando a McLaren – mas não: ele veio mesmo por sua equipe que disputa o ELMS e virá para o WEC no próximo campeonato.

Enfim, as linhas gerais do regulamento prevêem carros com peso mínimo de 1.100 kg, potência de motores a combustão estimada em 750 cavalos – e sistemas híbridos podendo ser utilizados (ou não), nas rodas dianteiras apenas, debitando 250 HP. Apesar de tanta potência, os planos são de fazer os Hypercars virarem em torno de 3’30” em Le Mans, tornando-os 15 segundos mais lentos que os atuais LMP1 – e cinco pior que os LMP2 dentro do regulamento atual, por incrível que pareça.

Projeto de Adrian Newey, o Valkyrie será a base do Hypercar com que a Aston Martin oficializa seu retorno à elite do FIA WEC

A aerodinâmica dos Le Mans Prototypes Hypercars será livre, sendo que os modelos podem ser baseados em carros de rua ou de produção limitada em série (mínimo de 20 unidades). É aí que se encaixa a vinda da Aston Martin com o modelo Valkyrie e, dizem, com o suporte da Red Bull e o apoio da Multimatic.

Pelo menos uma pessoa com quem conversei hoje gostou bastante do fato de existir concorrência. Para o diretor técnico da Toyota Rob Leupen, é fundamental a vinda de um novo construtor para criar parâmetros de competitividade e estimular a entrada de outros ‘players’ na nova divisão principal.

Aliás, a Aston Martin está fora desse jogo desde 2011, após o fracasso do malfadado AMR-One, que tinha motor 6 cilindros em linha e teve uma participação lamentável em Le Mans.

Veremos o que pode acontecer daqui para a frente. O futuro está aí, mas é preciso que ACO/FIA arregacem as mangas em torno do objetivo de revitalização da disputa na linha de frente do FIA WEC.

Há quem diga, aqui mesmo em Le Mans, que os Hypercars não são o caminho a ser seguido. A ver.