RIO DE JANEIRO – Fomos sacudidos no início da semana por uma notícia tão triste quanto previsível neste mundo em que vivemos, onde o imediatismo e a preguiça pela boa leitura nos cercam.
Três publicações – F1 Racing, Motorsport e a tradicionalíssima e semanal Autosport, a bíblia do esporte a motor na Grã-Bretanha e no mundo vão trocar suas edições de papel pelo virtual.
Na verdade, todas já estão no virtual – seja em endereços eletrônicos, redes sociais e podcasts.
Mas o real, que sem trocadilho algum embutido nisso realmente nos dá prazer (a mim, sempre deu) de folhear, se deter nas fotos, nas reportagens, crônicas e resultados de corridas, tem o seu valor.
Uma história de quase sete décadas vai para o vinagre. E eu, enquanto pude, tive meus exemplares. Quando o dindim dava e a moeda brasileira não levava tanto pau das libras esterlinas – embora achasse o preço de venda no Brasil abusivo demais – comprei várias, circa 2000/2001. Infelizmente, nas várias mudanças de endereço que se seguiram àquela época, tive que me desfazer de todas as revistas.
Quando fui a Le Mans, garanti meu guia das 24 Horas – do qual espero jamais me desfazer.
Restam agora a Auto Hebdo e a Autosprint como referências automobilísticas, ainda com edições ‘físicas’ nas bancas.
Até quando?
Novos tempos? É… Tempos tristes, talvez. Mas faz parte da vida e da linha evolutiva (evolutiva?) do jornalismo esportivo.