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Endurance

A volta da IMSA

RIO DE JANEIRO – O primeiro fim de semana de julho marcará a volta da série IMSA às pistas desde a Pandemia do Covid-19. Por conta dos eventos que se sucederam após a disputa das 24h de Daytona, até aqui a única prova realizada do calendário, as corridas previstas para Detroit e Long Beach foram […]

RIO DE JANEIRO – O primeiro fim de semana de julho marcará a volta da série IMSA às pistas desde a Pandemia do Covid-19. Por conta dos eventos que se sucederam após a disputa das 24h de Daytona, até aqui a única prova realizada do calendário, as corridas previstas para Detroit e Long Beach foram limadas e substituídas por outras.

E a série segue na Flórida pelo menos pelas duas próximas corridas: foi programada para sábado, dia 4, a 2ª etapa, a Weathertech 240, no misto de Daytona, com formato Sprint de 2h40min e apenas 26 carros na lista de inscritos, com a ausência da classe LMP2.

Serão oito protótipos DPi – os mesmos da corrida inaugural, incluindo o segundo Cadillac da JDC-Miller Motorsports  e a Mazda fazendo sua primeira prova após o fim do contrato com a Joest Racing – seis carros da GTLM, que perderá a Porsche como equipe oficial em 2021 – e 12 veículos da divisão GTD, que está bastante desfalcada para a sequência do campeonato.

Os efeitos do Covid-19 pegaram pesado e provocaram não só o fim do programa Porsche nos EUA ano que vem por medida de economia como também a saída temporária de algumas equipes. A Paul Miller Racing, que venceu a prova inaugural do campeonato na divisão GTD está fora. Pfaff Racing e a The Heart of Racing também estão entre as ausências.

E não são as únicas. A Wright Motorsports cancelou a inscrição de seu segundo Porsche 911 GT3-R, que começaria a disputa da Weathertech Sprint Cup nesta etapa de Daytona. E a GEAR Racing, o time feminino, rompeu com a Grässer Racing Team, que agora busca uma parceria para alinhar seu segundo carro.

Apesar das ausências, o grid tem novidades. Estreia o Team Hardpoint com o Audi R8 LMS EVO prometido à Rick Ware Racing em Daytona, que será guiado por Rob Ferriol e Spencer Pumpelly. A Gradient Racing reaparece com um terceiro Acura NSX GT3 para Marc Miller/Til Bechtolsheimer e a Compass regressa trazendo Paul Holton e Corey Fergus num McLaren 720S GT3.

Nove marcas estarão representadas no grid da GTD, sendo Acura e Lexus as únicas com mais de um carro. Outras novidades são a efetivação de Aaron Telitz no lugar de Parker Chase na AIM Vasser Sullivan e Tristan Vautier garantido ao lado de Chris Miller no Cadillac DPi #85.

Dessa forma, o grid terá três brasileiros: Felipe Nasr e Pipo Derani através da única inscrição da Action Express Racing na prova e Hélio Castroneves no Acura ARX-05 DPi do Team Penske. Aliás, os protótipos na plataforma Oreca perderão potência na faixa de trabalho do motor entre 6.000 e 7.550 rpm de acordo com o BoP divulgado pela IMSA nesta quinta-feira.

Os Cadillac vão competir na etapa #2 do campeonato com 73 litros de combustível no tanque, dois a menos que nas 24h de Daytona. Já os Mazda terão reservatórios com máximo de 83 litros – eram 82 na prova inaugural.

Com relação aos GTLM inscritos, as BMW M8 GTE perdem quatro litros no reservatório (baixam para 86), ganham peso mínimo – sem piloto – de 1235 kg e redução de potência na faixa útil entre 4.500 e 7.000 rpm.

Os novos Corvette C8.R terão mais potência com um acréscimo de 0.2 mm no diâmetro dos restritores e um tanque três litros maior, agora com 97. Os Porsche 911 RSR-19 não têm alterações na tabela.

Na GTD, nenhum dos construtores teve modelos perdendo ou ganhando peso, mas Audi e Lamborghini perderam 1 mm na abertura dos restritores e Porsche, 3 mm.  Quanto aos reservatórios, a Ferrari ganhou mais cinco litros (97) e os Acura, três (105). As demais perderam: Porsche baixou de 93 litros para 88; Lamborghini três litros – de 97 para 94; Mercedes (101 para 99), Lexus (100 para 98) e Audi (96 para 94) dois litros cada.

Quanto à presença de público, ela será restrita a um total de cinco mil espectadores.

A Weathertech 240 será num sábado, com horário de largada previsto para 18h05 locais, 19h05 de Brasília. O Fox Sports 2 deve transmitir a corrida ao vivo – aguardando confirmação da gerência de programação da emissora.

Para o restante do ano, a IMSA inclusive anunciou mais um ajuste de calendário, mexendo em algumas datas. O principal conflito era entre as 6h de Watkins Glen e a etapa do Intercontinental GT Challenge e do GT World Challenge America, prevista para Indianápolis. Esse choque foi resolvido com a prova de Glen transferida para setembro.

Lime Rock, que terá apenas os GTLM e GTD, foi movida para esse mesmo mês, enquanto a prova de Laguna Seca foi para outubro, entremeando Petit Le Mans e as 12h de Sebring. Também o Michelin GT Challenge marcado para o ViR foi antecipado em um dia na sua disputa, para evitar conflitos com as 500 Milhas de Indianápolis, que neste ano serão em agosto.