RIO DE JANEIRO – Cá estou eu de volta após passar quase o fim de semana inteiro em Saquarema, cidade do litoral fluminense a que não ia havia 36 anos. Poucas lembranças dos tempos de criança. Muitas a partir de agora, desde o sábado. É que aconteceu o I Encontro Nacional Lorena GT, para o qual […]
Rodrigo Mattar
RIO DE JANEIRO – Cá estou eu de volta após passar quase o fim de semana inteiro em Saquarema, cidade do litoral fluminense a que não ia havia 36 anos. Poucas lembranças dos tempos de criança. Muitas a partir de agora, desde o sábado.
É que aconteceu o I Encontro Nacional Lorena GT, para o qual fui convidado, como os leitores e leitoras do blog já sabem, pelo Luiz Fernando Lapagesse, hoje construtor da réplica Lorena GT-L, cujo galpão fica próximo à região da famosa praia de Itaúna e onde devem aparecer novidades, como a réplica do Lorena Porsche da equipe do Colégio Arte & Instrução, de Cascadura, no Rio de Janeiro. Nesse encontro, haveria uma homenagem ao sr. León Larenas Izquierdo, o primeiro construtor do carro esportivo aqui no Brasil.
Para quem não sabe, o Lorena GT foi carro de roqueiro – o Mutante Serginho Dias teve o seu, enfeitado com uma pintura prafrentex psicodélica e tubos de PVC à guisa de entrada de ar – e carro de corrida. Entre 1968 e 1972, o Lorena GT foi visto em 43 diferentes competições automobilísticas. De corridas de Estreantes e Novatos a provas longas de grande tradição, feito os 1000 km da Guanabara, no antigo Autódromo de Jacarepaguá. Entre seus pilotos, os irmãos Sérgio e Sidney Cardoso, o paulista Jacob Kourouzan, Carlos Scorzelli, Giu Ferreira, Heitor Peixoto de Castro e vários outros.
Vários entusiastas, ex-pilotos e apaixonados por carros – como eu – se deslocaram até Saquarema e foram testemunhas da emoção do Lapagesse quando da homenagem ao sr. León Larenas e também das palavras entusiasmadas do Mário Estivalet, outro que é um apaixonado pelo Lorena GT e que mantém o site que conta a história desse modelo Grã-Turismo que deixou sua marca entre os fãs de carros esporte e de competição.
Além do Lapagesse e do Estivalet, o Hélio Herbert Felisoni lá esteve, assim como o Sidney Cardoso, para abraçar o sr. León Larenas e partilhar com ele este momento que é mais um resgate da já combalida memória da indústria automobilística e do esporte a motor nacional. Também apareceram o Dinho Amaral, o Joaquim (Mestre Joca) Lopes, o “Catanha”, que foi da turma do Nelson Piquet por anos, gente da Câmber… e até o Jacob Kourozan estava em Saquarema mas, por conta do acidente que o deixou sem condições de prosseguir no automobilismo, só compareceu no almoço de confraternização que se seguiu ao encontro na fábrica do Lapagesse.
Foi um fim de semana dos mais agradáveis em Saquarema. Se eu puder voltar ou estar na companhia de gente tão apaixonada por carros e automobilismo como eu, estarei sempre feliz.
