A Mil por Hora
Automobilismo Internacional

Tem Endurance na Colômbia? Tem, sim senhor!

RIO DE JANEIRO – Enquanto as competições nacionais de Endurance inexistem, quase agonizam, tem vizinhos nossos da América do Sul que dão o exemplo e fazem uma corrida com mais de sessenta inscritos e cinquenta e sete – isso mesmo, cinquenta e sete! – carros participando. Na Colômbia, precisamente no Autódromo de Tocancipá, em Bogotá, foi […]

RIO DE JANEIRO – Enquanto as competições nacionais de Endurance inexistem, quase agonizam, tem vizinhos nossos da América do Sul que dão o exemplo e fazem uma corrida com mais de sessenta inscritos e cinquenta e sete – isso mesmo, cinquenta e sete! – carros participando.

Na Colômbia, precisamente no Autódromo de Tocancipá, em Bogotá, foi disputada no último fim de semana uma prova de 6 horas de duração. A pista, com apenas 2,725 km de extensão, ficou lotada e o tráfego intenso de carros de todos os tipos – protótipos, GTs e demais modelos de turismo – tornou a disputa bastante interessante. Entre os inscritos, pilotos com passagem por categorias internacionais, incluindo a Grand-Am, o FIA GT3, a Indy Lights e o Mundial de Endurance.

A bordo de um antigo Riley Ford geração II, o trio formado pelos venezuelanos Alex Popow e Gaetano Ardagna, além do escocês Ryan Dalziel (sueco para o site da Federação local, é mole?), venceu a competição após completarem 263 voltas, cinco a mais que a dupla formada por Juan Alzate/Sebastian Villamil, que chegaram em 2º lugar.

As 6 Horas de Bogotá foram disputadas por carros das classes FL3 (Força Livre 3), com motor de cilindrada superior a 2 litros; FL2 (Força Livre 2), com motores entre 1,3 e 2 litros; FL1 (Força Livre 1), com motores até 1,3 litro; GT (Grã-Turismo) acima de 2 litros; ST2 (Super Turismo 2), com motores entre 1,6 e 2 litros e ST1 (Super Turismo 1), com motores até 1,6 litros.

Aí, diante do exemplo colombiano, cabe a pergunta: por que no Brasil não se consegue fazer nada parecido? Ousei responder, no twitter, com alguns fatores que influenciam para que a Endurance não tenha êxito a nível nacional, neste país. Não necessariamente nesta ordem, listei a questão do regulamento, a vaidade de algumas pessoas e, também, a parte política. Se houvesse um mínimo de comprometimento, gente com vontade para fazer acontecer e regras claras, a Endurance brasileira tinha tudo para dar certo.