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Automobilismo Nacional

Sem palavras… sem asfalto… sem autódromo

RIO DE JANEIRO – Mais uma cruel imagem, que dói como uma facada nas costas: o terreno do ex-Autódromo de Jacarepaguá começará a receber as obras do Parque Olímpico dos Jogos de 2016 e, todo mundo sabe, ao fim da competição a especulação imobiliária – a mesma que fez os preços dos imóveis aumentar até […]

530661_4040963110939_1312812545_nRIO DE JANEIRO – Mais uma cruel imagem, que dói como uma facada nas costas: o terreno do ex-Autódromo de Jacarepaguá começará a receber as obras do Parque Olímpico dos Jogos de 2016 e, todo mundo sabe, ao fim da competição a especulação imobiliária – a mesma que fez os preços dos imóveis aumentar até 1.700% em algumas capitais e jogar lá no alto o preço do IPTU – vai tomar conta do terreno. E assim, as “otoridades” continuam com seu abuso de poder, pisando e estapeando a população como se ela não existisse.

Para completar, o jornal O Globo, o mesmo que trouxe essa fotografia que ilustra o post, apresentou uma matéria há quatro dias falando dos projetos de Eike Batista e a situação do que seria o Autódromo de Deodoro foi abordada lá no pé da página. E as notícias, como poderia se supor, não são nada boas.

Justiça suspende licença ambiental

O projeto que prevê a construção de um novo autódromo internacional em Deodoro, com inauguração marcada para 2015, sofreu na última sexta-feira (dia 11) uma derrota na Justiça. A juíza Simone Lopes da Costa, da 10ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar, a pedido da promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, suspendendo o licenciamento ambiental do empreendimento. A magistrada aceitou a tese do MP de que, uma vez que o empreendimento está projetado numa área de preservação ambiental, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) jamais poderia ter autorizado o projeto sem a apresentação prévia de um Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima).

O novo autódromo está projetado para um terreno de dois milhões de metros quadrados, vizinho ao futuro Parque Radical dos Jogos Olímpicos, onde serão disputadas as provas de canoagem slalom, mountain bike e ciclismo BMX. A ideia é que a instalação fique como legado do evento.

A área escolhida para substituir o Autódromo de Jacarepaguá, demolido para dar lugar ao futuro parque olímpico, enfrenta ainda outros problemas. Como o terreno foi ocupado por paióis que explodiram num acidente em meados do século passado, o local passa, há meses, por varreduras que tentam localizar explosivos que eventualmente não tenham sido detonados. O Exército não tem prazo para liberar a área. Mas o Ministério do Esporte, que financiará o projeto, garante que as obras começam no segundo semestre deste ano.