A Mil por Hora
Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (100)

RIO DE JANEIRO – Anos 70. Tempos em que os pilotos brasileiros começavam a aparecer com destaque no exterior em corridas de Motovelocidade. Primeiro, tivemos o ‘Índio’ Adu Celso, que chegou à Europa com licença holandesa e venceu uma corrida de 350cc em 1973, no circuito espanhol de Jarama. Edmar Ferreira, de Goiás, veio no vácuo […]

6RIO DE JANEIRO – Anos 70. Tempos em que os pilotos brasileiros começavam a aparecer com destaque no exterior em corridas de Motovelocidade. Primeiro, tivemos o ‘Índio’ Adu Celso, que chegou à Europa com licença holandesa e venceu uma corrida de 350cc em 1973, no circuito espanhol de Jarama. Edmar Ferreira, de Goiás, veio no vácuo e até conseguiu alguns bons resultados, andando de 250cc e 500cc. E ainda houve Walter “Tucano” Barchi, que brilhou nas provas de Endurance.

A foto que ilustra este post é de “Tucano” a bordo da Honda RCB 997cc que ele e Edmar Ferreira conduziram no tradicional Bol d’Or, disputado em Paul Ricard nos dias 16 e 17 de setembro de 1978 – mesmo ano da bem-sucedida participação brasileira com Guaraná, Marinho Amaral e Paulão Gomes nas 24 Horas de Le Mans.

Quem alinhou a máquina cedida pela Honda foi a lendária equipe Fórmula G, chefiada por Milton Benite. Edmar, que se queixava de problemas circulatórios em razão do macacão que apertava seu corpo e dificultava os movimentos, mesmo assim, andou muito bem. “Tucano” se destacou pela tocada sensacional à noite, mesmo com a Honda do time brasileiro enfrentando um contratempo daqueles: por não ter alternador, a RCB tinha que ter trocas de bateria a cada reabastecimento no período noturno.

A Fórmula G foi a melhor equipe particular do Bol d’Or de 1978. Edmar e “Tucano” chegaram em 5º lugar na classificação geral. Cinco anos depois, com a equipe Honda Japauto, “Tucano” terminaria em terceiro no mesmo circuito francês, num dos mais expressivos desempenhos de sua carreira de piloto de competição.

Há 35 anos, direto do túnel do tempo.