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Fórmula Indy

Gary Bettenhausen (1941-2014)

RIO DE JANEIRO – Luto no automobilismo dos EUA: morreu neste domingo, aos 72 anos de idade, o antigo piloto da Fórmula Indy Gary Bettenhausen. Filho do lendário Tony Bettenhausen, vice-campeão da Indy 500 de 1955 e morto num acidente em 1961, ele teve dois irmãos também pilotos: Tony Bettenhausen, que também seria dono de […]

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RIO DE JANEIRO – Luto no automobilismo dos EUA: morreu neste domingo, aos 72 anos de idade, o antigo piloto da Fórmula Indy Gary Bettenhausen. Filho do lendário Tony Bettenhausen, vice-campeão da Indy 500 de 1955 e morto num acidente em 1961, ele teve dois irmãos também pilotos: Tony Bettenhausen, que também seria dono de equipe até morrer em 2000 e Merle Bettenhausen, ainda vivo e que sofreu um terrível acidente na Michigan 500 de 1972, provocando o fim de sua carreira.

Gary foi o mais longevo do clã nas pistas, pois sua trajetória começou nos Midgets e Sprint Cars em meados dos anos 60 e início dos 70, passando logo à USAC, que promovia as corrida do tipo Indy em território ianque. Com 27 vitórias nos Midgets, ele tornou-se bicampeão dos Sprint Cars. Em 1974, sofreu um grave acidente com este tipo de carro em Syracuse, no estado de Nova Iorque. Como consequência, perdeu os movimentos do braço esquerdo. O piloto recuperou alguns movimentos, mas nunca ficou 100% curado da batida.

Nas provas da USAC e da Fórmula Indy, Gary Bettenhausen correu a partir de 1968 até meados dos anos 90, quando já tinha mais de 50 anos de idade. Na Indy 500, largou 21 vezes. Seu melhor resultado foi um 3º lugar em 1980, após largar da última fila do grid com um Wildcat-DGS. Oito anos antes, o piloto liderou a prova por 138 voltas – mas uma falha mecânica lhe tirou a vitória, que ficou com Mark Donohue.

Em 1992, Gary foi uma espécie de coach do tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet. Inscritos pela equipe de John Menard com chassis Lola T92/00 e motores Buick, os dois se tornaram grandes amigos e o brasileiro aprendeu muito rápido com as valiosas dicas de Bettenhausen – até o grave acidente que sofreu num dos treinos livres. Gary ainda se classificou com a 5ª posição no grid e acabou na décima-sétima posição, sem completar a disputa vencida por Al Unser Júnior. No ano seguinte, o piloto terminou novamente em 17º lugar após largar em 18º.

Já aposentado, o piloto foi laureado como membro do Hall da Fama da National Sprint Car em 1993 e, cinco anos mais tarde, entrou também para o Hall da Fama da National Midget Auto Racing.