A Mil por Hora
Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (197)

RIO DE JANEIRO – O domingo marca o regresso da Áustria ao calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1. Em tempos onde Bernie Ecclestone visa apenas o lucro pessoal, organizando corridas em países inócuos e sem nenhuma tradição, a volta de um país representativo no automobilismo mundial é motivo de júblio. Afinal, Jochen Rindt e […]

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RIO DE JANEIRO – O domingo marca o regresso da Áustria ao calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1. Em tempos onde Bernie Ecclestone visa apenas o lucro pessoal, organizando corridas em países inócuos e sem nenhuma tradição, a volta de um país representativo no automobilismo mundial é motivo de júblio. Afinal, Jochen Rindt e Niki Lauda consagraram-se campeões e, mais recentemente, a Red Bull (cuja origem é austríaca) revolucionou o esporte como um todo.

Fora da jogada desde 2003, o GP da Áustria foi sempre disputado na região de Spielberg, no circuito antes conhecido como Österreichring e agora batizado Red Bull Ring (quero ver como a toda-poderosa vai chamar essa pista…). As estatísticas registram uma vitória brasileira, com Emerson Fittipaldi, em 1972 e 12 pódios de pilotos do país, incluindo a infame ocorrência de 2002, aquela mesma do “Hoje não! Hoje não! Hoje sim…”. Mas poucos pódios foram tão bacanas quanto o de José Carlos Pace em 1973.

Por vários motivos, diga-se: Moco era um piloto muito querido na Fórmula 1 daqueles tempos, seu carro não era de ponta e mesmo assim ele foi tremendamente veloz. Tanto que fez a volta mais rápida naquela corrida com o tempo de 1’37″29 e conseguiu um belíssimo terceiro lugar – isto porque, se a corrida tivesse mais uma volta, não ia dar: o motor quebrou logo depois da quadriculada e Carlos Reutemann, quarto colocado, chegou um segundo e três décimos depois.

Tudo tem limite, não é? Inclusive para o azar.

Há 41 anos, direto do túnel do tempo.