RIO DE JANEIRO – Essa é do ano em que nasci, 1971. E é da minha coleção pessoal e da série Ferrari Collection, lançada nas bancas ao longo do ano passado, em escala 1:43. Eis a miniatura da Ferrari 512 M inscrita pela North American Racing Team (NART) nas 24h de Le Mans há 44 anos.
Esse protótipo de motor V12 com 5 litros de capacidade cúbica tinha o chassi #1020 e foi alinhado com o número #12 para Sam Posey e Tony Adamowicz. O time NART também tinha uma 512 S Spyder para George Eaton/Masten Gregory e os estadunidenses estavam acompanhados da Scuderia Filipinetti, da Gelo de George Loos, da Écurie Francorchamps, da Escuderia Montjuich e dos conterrâneos do Team Penske-White na duríssima tarefa de derrotar os Porsche 917 da Martini-International Racing Team e também da Gulf Racing-John Wyer.
Posey/Adamowicz largaram da 12ª posição de um grid de 49 carros, com o tempo de 3’26″5, nada podendo fazer contra os infernais 917 Langheck que eram no mínimo 12 segundos mais velozes em ritmo de classificação. A estratégia da NART foi poupar ao máximo o equipamento para ver no que dava. E deu certo. Deu pódio.
A Ferrari #12 começou modestamente com o 15º lugar na primeira hora, oscilando nas posições intermediárias até o primeiro quarto de disputa. Depois, começaram a subir na classificação com as quebras e acidentes alheios. Com a desistência do Matra-Simca #32 da dupla Amon/Beltoise, o carro dos estadunidenses entrou em posição de pódio na 18ª hora e por lá permaneceu até o fim. Completaram 365 voltas, 31 a menos que Helmut Marko/Gijs Van Lennep, o que representava exatos 417,53 km de diferença – quase o mesmo que se percorre para chegar do Rio a São Paulo – e vice-versa.