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Mundial de Endurance

Fora do WEC por tempo indeterminado

RIO DE JANEIRO – A Nissan está fora do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) por tempo indeterminado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, mesmo após os testes efetuados no COTA, em Austin (EUA) com uma versão evoluída do protótipo GT-R LM Nismo. Isto posto, não serão vistos os dois carros do time nas 6h […]

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Apesar dos testes no COTA, em Austin, a Nissan decidiu dar um tempo no Mundial de Endurance até que os crônicos problemas do GT-R LM sejam sanados

RIO DE JANEIRO – A Nissan está fora do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) por tempo indeterminado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, mesmo após os testes efetuados no COTA, em Austin (EUA) com uma versão evoluída do protótipo GT-R LM Nismo. Isto posto, não serão vistos os dois carros do time nas 6h de Nürburgring ao final de agosto e não há uma definição quanto a um possível retorno da marca ao campeonato.

Não surpreende. A desastrosa estreia do carro nas 24h de Le Mans em junho ligou o sinal de alerta e o próprio board da montadora, cujo CEO é o brasileiro Carlos Ghosn, pôs o nome da Nissan em sério risco no automobilismo. Ao investir num projeto tido como revolucionário, trazendo o conceito de motor dianteiro, a Nissan encontrou – e ainda encontra – sérias dificuldades. Principalmente no âmbito da confiabilidade de componentes.

Mesmo após os treinos realizados no mesmo período em que as demais equipes do WEC tinham à disposição o circuito de Nürburgring, por deferência da Toyota, efetuados por Olivier Pla e Harry Tincknell, a Nissan não se sente totalmente pronta e confiante para dar sequência à sua campanha. Os próprios engenheiros garantem que quando o carro voltar às pistas – se voltar – vai inclusive andar sem o ERS obrigatório para o GT-R LM Nismo ser reconhecido como um carro híbrido – aliás, o sistema estava ausente do carro em Sarthe. Ao invés de “pagar mico” nas corridas, os engenheiros, técnicos e pilotos vão se debruçar num intenso programa de testes (não só nos EUA, como também noutros circuitos) até que se extraia um desempenho no mínimo satisfatório.

“A ausência de um sistema ERS nos traz sérios problemas ao nível do sistema de suspensão e de freios”, afiançou Darren Cox, diretor esportivo da montadora. “Nós já estamos trabalhando em algo novo para 2016. Já sabíamos que seria necessário. Esse novo sistema já teve progressos e nós informaremos mais a respeito quando os testes forem bem sucedidos”, explicou o dirigente.

“Quanto aos freios, estamos trabalhando com diversos fabricantes de pastilhas e discos. E vamos colocar todos os nossos esforços para melhorar os sistemas de refrigeração. Obviamente, em Le Mans não é necessário um sistema maior de arrefecimento dos freios, mas ao chegar nos circuitos de menor extensão poderíamos ter problemas, uma vez que o kit de alta pressão aerodinâmica exige uma grande ênfase na refrigeração e controle de temperatura dos freios”, concluiu Cox.