A Mil por Hora
Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (320)

RIO DE JANEIRO – A volta da Fórmula 3 inglesa é motivo de júbilo. E de motivo para uma sessão nostalgia no blog, com um registro do primeiro piloto brasileiro campeão na “ilha”: ninguém menos que Emerson Fittipaldi, revelando sua vocação para abrir caminhos pelos quais todos os seus compatriotas seguiram. Em 1969, Emerson tinha […]

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No Guards Trophy em Brands Hatch: Emerson Fittipaldi fez história na Fórmula 3 inglesa e em meio ano na Europa, sagrou-se campeão

RIO DE JANEIRO – A volta da Fórmula 3 inglesa é motivo de júbilo. E de motivo para uma sessão nostalgia no blog, com um registro do primeiro piloto brasileiro campeão na “ilha”: ninguém menos que Emerson Fittipaldi, revelando sua vocação para abrir caminhos pelos quais todos os seus compatriotas seguiram.

Em 1969, Emerson tinha 22 para 23 anos e já se achava pronto para o desafio de uma carreira internacional. Correu de Fórmula Ford com um chassi Merlyn preparado por Dennis Rowland, fez o nome no automobilismo inglês, começou a impressionar na própria Europa (uma corrida em Chimay, numa pista perigosíssima, de 200 km/h de média horária, foi o cartão de visitas) e o piloto, antes mesmo do fim da temporada, já estava na Fórmula 3 inglesa. Por interferência de Jim Russell, que tinha uma escola de pilotagem de altíssimo nível, o garoto brasileiro recebeu um Lotus 59 e passou a disputar a categoria.

Azar – enorme – de Roy Pike e Morris Nunn, os pilotos titulares: aquele sul-americano de rosto marcado pelas espinhas era bom demais. Em seu monoposto com motor Holbay de cerca de 105 HP de potência, destruiu a concorrência e conquistou, de forma inconteste e merecida, o título de campeão inglês da Fórmula 3.

E na esteira do sucesso do Rato, vieram José Carlos Pace, Wilsinho Fittipaldi, Fritz Jordan, Alex Dias Ribeiro, José Pedro Chateaubriand, Marcos Moraes, José Moraes, “Teleco” Siqueira Veiga, Júlio Caio, Ingo Hoffmann, Mário Ferraris, Mário “Keko” Pati, Nelson Piquet, Chico Serra, Fernando Jorge, Plácido Iglesias, Raul Boesel, Roberto Pupo Moreno, Cezar “Bocão” Pegoraro, Fernando Macedo, Maurício Gugelmin, Maurizio Sandro Sala, Christian Fittipaldi, Gil de Ferran, Rubens Barrichello, Mário Haberfeld, Hélio Castroneves, Oswaldo Negri, Antonio Pizzonia, Nelsinho Piquet, Pipo Derani e tantos outros…

Só temos que agradecer – como sempre – ao Emerson por ter aberto fronteiras.

Há 47 anos, direto do túnel do tempo.