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Fórmula 1

Vitória das equipes

RIO DE JANEIRO – O formato de “mata-mata” celebrado no início e enxovalhado (é assim mesmo que se escreve?) após as experiências nos GPs da Austrália e do Bahrein já está extinto. As equipes exigiram a volta ao antigo formato de treino com três partes, mas sem eliminações do mais lento a cada 90 segundos. […]

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Nico Rosberg liderando o pelotão no GP do Bahrein do último domingo: e nós pensando, inocentemente, que a Fórmula 1 mudaria alguma coisa com o formato “mata-mata” de classificação…

RIO DE JANEIRO – O formato de “mata-mata” celebrado no início e enxovalhado (é assim mesmo que se escreve?) após as experiências nos GPs da Austrália e do Bahrein já está extinto. As equipes exigiram a volta ao antigo formato de treino com três partes, mas sem eliminações do mais lento a cada 90 segundos. E neste fim de semana de GP da China em Xangai, a Fórmula 1 se rende à fórmula que vinha sendo utilizada nos últimos campeonatos.

Essa é uma batalha de bastidores que a FIA e a FOM perderam, pois foram obrigadas a ceder sob a pena dos treinos de classificação se tornarem uma chatice sem tamanho. Repito: achei o formato empolgante de início, mas logo na Austrália o fim do treino foi broxante. No Bahrein, fim de semana passado, foi ainda pior.

Uma classificação baseada na economia de pneus? Acho um saco. Aliás, ninguém tinha que economizar porra nenhuma, como nos velhos tempos. Bastava o simples: um pneu especial de classificação, compostos macios e duros para as equipes e fim de papo. A FIA prefere complicar – a entidade máxima do desporto automobilístico e a Pirelli têm culpa no cartório: colocam diversos tipos de pneus à disposição, impõem compostos diferentes a cada prova, as estratégias são calcadas na economia da borracha em detrimento da performance e a competição (se é que ainda existe…) é um tédio.

Mudanças no sistema de classificação, agora, só em duas situações: primeira, se o campeonato deste ano já estiver resolvido em favor de algum piloto e houver a opção por outras experiências. Caso contrário, só mesmo em 2017.

A categoria continua dividida. Se a intenção era embaralhar o grid com o formato de “mata-mata”, a hierarquia continua a mesma: num nível mais alto estão Mercedes-Benz e Ferrari. Abaixo delas, Red Bull e Williams – vá lá – Toro Rosso e Haas começaram bem o ano e estão melhor, teoricamente, que McLaren, Force India e Renault. Tecnicamente, Manor e Sauber são as mais fracas, mas o time britânico tem tido desempenho bastante aceitável graças ao talento do novato alemão Pascal Wehrlein.

O resto é perfumaria.