RIO DE JANEIRO – Péssima notícia para o International V8 Supercars Series: a Volvo anunciou hoje, dias antes da 4ª rodada do campeonato em Barbagallo programada para este fim de semana, que vai deixar o certame de turismo ao fim da atual temporada. A parceria com a Garry Rogers Motorsport começou em 2014 e desde então, rendeu seis vitórias à marca sueca e um total de 17 pódios, sempre com o neozelandês Scott McLaughlin – que, por sinal, ganhou as duas provas na última rodada em Philip Island e está na vice-liderança da classificação.
A decisão já vinha amadurecendo e o novo regulamento do certame, em que serão utilizados modelos Coupé e motores V6 Turbo, foi a pá de cal definitiva para a Volvo definir por sua saída da V8 Supercars Australiana. E foi tomada durante o último fim de semana, que marcou a abertura do Scandinavian Touring Car Championship (STCC), do qual os nórdicos fazem parte – e até o próprio McLaughlin correu como convidado, alcançando um 2º lugar numa das corridas no circuito de Skövde.
Niels Møller, chefe do departamento de competições da Volvo, justificou a retirada da montadora – que assim segue os passos da Mercedes-Benz (não por desinteresse do construtor alemão e sim porque nenhuma equipe quis assumir o desenvolvimento do modelo E63 como a Erebus fizera em 2014/15), já ausente da categoria nesta temporada.
“A nossa estratégia e nossos objetivos de mercado impõem que tenhamos que concentrar nossa atenção nos nossos mercados-alvo, noutras tecnologias e noutros campeonatos”, finalizou.
O perigo é a competição voltar ao que era antes: a batalha entre Holden e Ford, já que a Nissan, que investiu pesado na competição, ainda não teve o retorno desejado e tampouco alcançou resultados de vulto nos últimos anos.