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Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (334)

RIO DE JANEIRO – A Toyota bateu na trave mais uma vez quando o assunto é 24h de Le Mans. O quinto vice-campeonato da montadora japonesa em 31 anos desde a primeira participação deles em Sarthe foi, disparado, o mais doloroso de todos. Persistência e tenacidade são as marcas do povo oriental e a Toyota, […]

1992-Toyota-TS010

RIO DE JANEIRO – A Toyota bateu na trave mais uma vez quando o assunto é 24h de Le Mans. O quinto vice-campeonato da montadora japonesa em 31 anos desde a primeira participação deles em Sarthe foi, disparado, o mais doloroso de todos.

Persistência e tenacidade são as marcas do povo oriental e a Toyota, que já se envolveu com a lendária prova francesa em quatro períodos distintos e prometeu voltar em 2017, conheceu seu primeiro vice em 1992.

Naquela época de predominância do Grupo C, o World SportsCar Championship foi violentado por Bernie Ecclestone e Max Mosley com a adoção de um regulamento técnico que baniu os carros de motor turbo em prol de propulsores 3,5 litros semelhantes aos da Fórmula 1, o que matou o investimento de alguns fabricantes. Só restaram mesmo para aquele ano a Peugeot, que perseguia a todo custo um triunfo em Le Mans, além da Toyota, da Mazda e da Lola. Não surpreendentemente, o WSC teve sua morte decretada ao fim da temporada. Le Mans sobreviveu porque é um caso à parte na história da Endurance mundial.

A equipe oficial da marca japonesa era o Toyota Team Tom’s, que entrou na disputa com três TS010 com motor V10 3,5 litros: o #7 para Geoff Lees/David Brabham/Ukyo Katayama, o #8 para Teo Fabi/Jan Lammers/Andy Wallace e o #33 de Pierre-Henri Raphanel/Kenny Acheson/Masanori Sekiya. Havia ainda dois Toyota 92CV para as equipes Kitz Racing-SARD e Nisso Trust, ambos modelos com motor biturbo V8.

O grid foi um dos menores de todos os tempos: apenas 28 carros largaram e só 13 faziam parte do regulamento do WSC. A Peugeot fez jus ao investimento altíssimo e venceu a disputa com o carro guiado por Mark Blundell/Yannick Dalmas/Derek Warwick. Raphanel/Acheson/Sekiya, com o bólido da foto, ainda conseguiram um honroso 2º lugar completando 346 voltas – seis a menos que os campeões de 1992.

Há 24 anos, direto do túnel do tempo.