RIO DE JANEIRO – “Falta de recursos para manutenção”. Essa foi a desculpa utilizada para o fechamento do Autódromo de Goiânia e também do Parque Marcos Veiga Jardim, com uma nova pista de skate e que havia sido reformado e reinaugurado havia apenas dois meses.
A notícia sacudiu o universo do esporte a motor brasileiro nesta quarta-feira e repercutiu (mal, é claro, como era de se esperar) nas redes sociais. É de se surpreender que uma pista recém-reformada pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) esteja mesmo sofrendo com falta de recursos. Isso tem cheiro de manobra política e das mais sujas.
Esse país tem dinheiro pra construir elefantes brancos para a Copa do Mundo. Rouba-se escandalosamente na reforma de estádios que pouco são utilizados e também para a construção de aparelhos olímpicos num terreno que servirá para a deslavada especulação imobiliária, aqui no Rio de Janeiro.
Mas nunca há dinheiro para se manter um Autódromo.
No país da monocultura esportiva, o automobilismo sofre nas mãos da incompetência dos dirigentes que gerem o esporte. E os pilotos, por medo ou por força de contratos, não se manifestam como deveriam.
A programação da pista está suspensa por tempo indeterminado. Correm riscos o ICGP – Campeonato de Motos Clássicas de Velocidade – que tem a etapa de encerramento de sua temporada marcada para Goiânia; a etapa de Endurance do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil; as categorias organizadas pela Vicar e também o Superbike Series Brasil.
Lamentável.