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Fórmula 1

Reviravolta a caminho

RIO DE JANEIRO (Tá todo mundo louco, oba!) – Sabe aquele papo de aposentadoria de Felipe Massa na Fórmula 1? Podem esquecer: o piloto brasileiro deve voltar na temporada 2017… pela Williams! Não é brincadeira, não. Nem primeiro de abril: o piloto e a equipe se acertaram porque, ao que tudo indica, o “efeito Rosberg” […]

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A volta dos que (ainda) não foram: Felipe Massa já tem um novo acordo com a Williams para deixar para trás a anunciada aposentadoria e liderar a equipe em 2017, com a iminente ida de Valtteri Bottas para a Mercedes-Benz

RIO DE JANEIRO (Tá todo mundo louco, oba!) – Sabe aquele papo de aposentadoria de Felipe Massa na Fórmula 1? Podem esquecer: o piloto brasileiro deve voltar na temporada 2017… pela Williams!

Não é brincadeira, não. Nem primeiro de abril: o piloto e a equipe se acertaram porque, ao que tudo indica, o “efeito Rosberg” fez a Mercedes-Benz buscar em Valtteri Bottas e não em Pascal Wehrlein o substituto do recém-coroado campeão do mundo.

E sem Bottas (que ainda não foi anunciado pelos alemães, cabe lembrar), a Williams foi recorrer a Massa por alguns motivos.

Primeiro: o brasileiro poderia ir para o DTM, mas a falta de vagas com o fim de dois carros nas fabricantes BMW, Audi e Mercedes-Benz, incluindo a retirada da ART Grand Prix, equipe em que o empresário de Felipe, Nicolas Todt, tem ótimas relações, foi determinante. E segundo, não tão para já, Massa tampouco conseguiria um assento no WEC – a menos que fosse na LMGTE-PRO, via Ferrari ou AF Corse.

E também há a opção do marketing, pois o outro piloto do time, o canadense Lance Stroll, tem só 18 anos e não pode ser o protagonista de ações promocionais envolvendo o patrocínio de bebida alcoólica e a equipe, por sua pouca idade.

Sobre a Mercedes, a equipe teria a opção de arriscar e trazer Wehrlein para a sombra de Hamilton, o que seria ótimo para o britânico e igualmente para o jovem alemão, que aprenderia bastante e incomodaria pouco. Mas a marca da estrela de três pontas terá escolhido Bottas até porque o finlandês tinha – ou tem, não estou certo disso – Toto Wolff como empresário. E Bottas, mais experiente, é veloz e pode ser uma ótima sombra para Lewis dentro da escuderia de Brackley

Caso tudo isso se oficialize, com certeza Wehrlein ficará puto dentro da roupa, por todos os motivos possíveis, que incluem também a subida de Esteban Ocon para a Force India. E o que sobraria para ele? Uma Sauber, talvez, por indicação da Mercedes. Pascal não há de ficar muito satisfeito.

Mas o esporte é assim. E não julguemos Massa por ter aceitado a oferta que, dizem, bate na casa dos € 5 milhões por um ano de contrato. Cabe lembrar que já houve outros exemplos no passado – o mais clássico de todos com Niki Lauda, que aposentou-se em 1979 após dois títulos mundiais e 30 anos de idade, voltando em 1982 para cobrir o rombo de sua Lauda Air com o maior contrato que a Fórmula 1 viu um piloto assinar na época. Lauda ainda correu mais quatro temporadas e encerrou a carreira tricampeão.

Mais detalhes sobre a “desaposentadoria” de Massa no Grande Prêmio.