Vivendo uma nova fase após o afastamento compulsório de Ron Dennis, que foi chutado do time pelos acionistas – e por isso a sigla MP4 que identificava seus carros desde 1981 foi riscada do mapa, a McLaren não economizou em inovações no conceito do novo bólido, sem dúvida bem mais interessante que o antecessor.
As reações mais extremadas vieram nas redes sociais: muitos compararam a pintura do MCL32 aos Arrows com o patrocínio da Orange e também com os primeiros carros da Spyker, por causa da combinação de cores. O blogueiro, aliás, acertou: apostei que o carro lembraria os bólidos da Arrows na programação visual. Mas nada de piadinhas…
Fernando Alonso e o novo recruta Stoffel Vandoorne é que terão a responsabilidade de conduzir a McLaren a posições melhores neste ano. E a equipe está animada: além de um novo conceito no design do carro, a Honda colaborou com um novo motor que, segundo as expectativas, deve ser melhor e mais confiável que as unidades antecessoras.
E a equipe busca incessantemente resultados. Principalmente para atrair novos patrocinadores: sem vencer uma corrida desde 2012, a tradicional escuderia fundada por Bruce McLaren em 1966 viveu anos duríssimos no retorno da parceria com os japoneses. A equipe foi 9ª colocada no Mundial de Construtores em 2015, sexta colocada ano passado (o que denota uma visível evolução), mas o melhor resultado foi 5º lugar – três vezes, com Fernando Alonso.
É muito pouco para um time de tanta tradição…
“Dentro da McLaren-Honda há uma sensação tangível de progresso, de mudança. As novas regras neste ano são uma oportunidade valiosa para nós. Isso vai nos permitir avançar com o que consideramos ser um pacote chassi-motor bem ajustado e claramente definido, e desta forma esperamos estreitar a diferença entre nós e as equipes da frente”, declarou Éric Boullier, o homem-forte das operações da McLaren nos autódromos. “Acho que é um belo pedaço de arte e mal posso esperar para ver Fernando e Stoffel com ele na pista”, disse Zak Brown.