A Mil por Hora
Motovelocidade

Gallina Vecchia!

RIO DE JANEIRO (Panela velha é que faz comida boa…) – Aos trinta e oito anos de idade, Valentino Rossi continua fazendo e acontecendo. E a história do Mundial de Motovelocidade continua se reescrevendo em páginas vivas de tom amarelo, a cor que simboliza The Doctor e sua legião de fãs que, ensandecidos, lotam os […]

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Gallina vecchia dà buon brodo: Valentino Rossi continua, aos 38 anos, impressionando pela forma e de como ainda conquista vitórias como a do último domingo, em Assen

RIO DE JANEIRO (Panela velha é que faz comida boa…) – Aos trinta e oito anos de idade, Valentino Rossi continua fazendo e acontecendo.

E a história do Mundial de Motovelocidade continua se reescrevendo em páginas vivas de tom amarelo, a cor que simboliza The Doctor e sua legião de fãs que, ensandecidos, lotam os circuitos mundo afora e reverenciam a lenda viva.

Nada mais simbólico que ver o italiano subir de novo ao topo do pódio – pela 115ª vez na carreira, que já chega à vigésima-segunda temporada, pasmem! – na pista que é aclamada como a Catedral do esporte em duas rodas. Assen perdeu muito de seu desafio com as reformas que tiraram no barato uns 2 km da pista. Mas o circuito Van Drenthe ainda é um daqueles que separa os homens dos meninos.

E olha que não faltou trabalho ao piloto da Yamaha. A chuva, sempre presente no GP da Holanda, traiu Maverick Viñales. O pole Johann Zarco foi devidamente enquadrado pelo maior de todos. E a luta pela vitória… que coisa linda! Que pega espetacular entre Vale, Marc Márquez, Andrea Dovizioso e este improvável Danilo Petrucci, doido para alcançar um triunfo que seria a zebra da MotoGP contemporânea, a maior surpresa da década, quiçá do século.

Mas os Deuses que apontaram para Valentino e disseram: “Você é o cara!” foram sábios. A moto azul de indefectível numeral #46 rasgou os últimos metros de Assen diante de um público em êxtase, urrando nas arquibancadas.

Nada mais bonito. Nada mais emblemático do que ver o maior, o melhor, mostrando quem é quem.

Digo e repito: se não fossem aqueles anos de Ducati, o recorde de Giacomo Agostini – outro gênio, que devemos inclusive reverenciar, pois ainda está no mundo dos vivos – já teria sido reduzido a pó.

Foi a 10ª vitória de Rossi só em Assen. E com os 25 pontos, mais o fato de Viñales não ter marcado nada, a luta pelo título segue acirrada. O líder agora é – quem diria – Andrea Dovizioso, com 115 pontos, quatro adiante do Maveco. Rossi é o terceiro com 108 e Márquez é o quarto com 104.

Ainda faltam 10 corridas.

Qual será o desfecho dessa vez?