A Mil por Hora
Fórmula Indy

O rombo da Indy

RIO DE JANEIRO – Deu no USA Today e a ESPN manchetou em seu site: o governo de Brasília desembolsou uma grana violenta por conta de uma prova de Fórmula Indy que até hoje não aconteceu e, sinceramente, não vai acontecer. Anunciada com alarde para o calendário de 2015 em substituição à corrida disputada por […]

RIO DE JANEIRO – Deu no USA Today e a ESPN manchetou em seu site: o governo de Brasília desembolsou uma grana violenta por conta de uma prova de Fórmula Indy que até hoje não aconteceu e, sinceramente, não vai acontecer. Anunciada com alarde para o calendário de 2015 em substituição à corrida disputada por quatro anos no entorno do Sambódromo do Anhembi em São Paulo, a corrida rendeu multas de US$ 16 milhões (R$ 50 milhões) aos já combalidos cofres do DF.

A corrida prevista para março, há dois anos e anunciada em novembro de 2014, foi cancelada porque Agnelo – concorrente à reeleição no pleito para governador – foi derrotado com apenas 20% dos votos válidos, ainda no primeiro turno. Rodrigo Rollemberg venceu Jofran Frejat no segundo turno, assumiu o governo e tão logo começou sua administração, determinou a paralisação das obras no Autódromo Internacional Nelson Piquet, que sofria a mais longa reforma de sua existência desde a inauguração em 1974 – reforma esta que jamais foi concretizada por completo. A ordem era limpar a área e sanear a casa: Agnelo fez uma desastrosa administração no DF e deixou os cofres públicos em colapso.

A Indy não cogita voltar ao Brasil e o Distrito Federal foi riscado do mapa do automobilismo nacional.

Algo lamentável, quando se sabe que nesta semana se comemora meio século de fundação da lendária oficina Câmber, da qual saíram três pilotos de Fórmula 1 – um deles, inclusive, tricampeão do mundo.