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Fórmula 1

A volta de Kubica

RIO DE JANEIRO – Qual Fênix ressuscitada das cinzas, Robert Kubica reaparecerá na Fórmula 1, oito temporadas após o grave acidente numa prova de Rali, a Ronde di Andorra, em 6 de fevereiro de 2011. O polonês será mesmo o substituto de Felipe Massa na Wiliams em 2018. Furo do craque Américo Teixeira Júnior, que já repercute […]

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Chamem do que quiserem: risco, renascimento ou ressurgimento. Mas ver Robert Kubica de volta após oito temporadas e nas condições em que está, é incrível

RIO DE JANEIRO – Qual Fênix ressuscitada das cinzas, Robert Kubica reaparecerá na Fórmula 1, oito temporadas após o grave acidente numa prova de Rali, a Ronde di Andorra, em 6 de fevereiro de 2011. O polonês será mesmo o substituto de Felipe Massa na Wiliams em 2018. Furo do craque Américo Teixeira Júnior, que já repercute no Grande Prêmio.

A notícia já vinha circulando no paddock do GP do Brasil. A rede de televisão Canal Plus, da França, cacifava a informação de que o piloto de 32 anos já tinha tudo acertado com a equipe de Grove. Antes de ser confirmado, Kubica fez vários testes pela Williams, numa espécie de “vestibular” contra o escocês Paul Di Resta. Chegaram também a ser ventilados os nomes de Pascal Wehrlein e Daniil Kvyat. Mas a escolha recaiu no polonês.

Não deixa de ser surpreendente, pois dadas as limitações físicas do piloto, cujo braço direito tem muito menos massa muscular que o esquerdo, ninguém mais apostava que ele pudesse voltar a ser competitivo – quanto mais que pudesse voltar à Fórmula 1 numa temporada completa. Após as experiências no WRC, em que alternou grandes desempenhos com acidentes, Kubica não dava a menor pinta de que pudesse regressar aos monopostos. Perseverante, o piloto nascido em Cracóvia não desistiu e quis provar que ainda tinha lenha para queimar. Lutou tanto que fez treinos com um modelo GP3 para poder se readaptar e fez um treino muito positivo pela Renault – até que o interesse por Carlos Sainz fechou-lhe as portas.

Kubica quase reapareceu de fato no WEC, neste ano. Foi anunciado pela ByKolles Racing com pompa e circunstância. Mas logo depois do Prólogo em Monza, fez saber – sem ter revelado até hoje o motivo – que estava fora da equipe. Fez até bem: a ByKolles abandonou a atual temporada após as quatro primeiras etapas.

Com 76 GPs disputados por BMW Sauber e Renault, uma vitória (Canadá/2008), uma pole position, um recorde de volta em prova, 12 pódios e o 4º lugar no Mundial de Pilotos de 2008 como melhor resultado, Robert Kubica busca na Williams um renascimento. Se conseguir, mesmo depois de tantos problemas, ser superior ao companheiro de equipe, o canadense Lance Stroll, será uma vitória e tanto para o polonês. Afinal de contas, o primeiro a ser batido numa pista de corrida é o vizinho de box.

Agora é esperar para ver do que ele será capaz com os carros dentro das novas regras, já que de todos os testes que realizou, apenas um – no Hungaroring – foi com um carro de 2017, pela Renault.