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Direto do túnel do tempo (391)

RIO DE JANEIRO – O piloto desta raridade da foto é o aniversariante da segunda-feira: Hector Rebaque, mexicano que disputou 41 GPs de Fórmula 1 entre 1977 e 1981, completa hoje 62 anos de idade. Filho de um rico latifundiário em seu país, ele teve toda a possibilidade para ingressar na categoria máxima. Primeiro com […]

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RIO DE JANEIRO – O piloto desta raridade da foto é o aniversariante da segunda-feira: Hector Rebaque, mexicano que disputou 41 GPs de Fórmula 1 entre 1977 e 1981, completa hoje 62 anos de idade.

Filho de um rico latifundiário em seu país, ele teve toda a possibilidade para ingressar na categoria máxima. Primeiro com a já decadente Hesketh e depois com o Team Rebaque, que o próprio piloto mostrou para tocar adiante sua carreira. Com uma estrutura pequena sediada em Leamington Spa, na Inglaterra, sua escuderia particular sobreviveu por duas temporadas e foi protagonista de uma façanha.

Com o 6º lugar conquistado no GP da Alemanha de 1978, em Hockenheim, Rebaque não só marcou seu primeiro ponto na Fórmula 1 como tornou-se o último piloto particular a pontuar numa prova da categoria máxima do automobilismo. Nos anos 1980, a presença de equipes com chassis comprados começaria a desvanecer e pouco tempo depois sumiria por completo. Volta e meia se discute a possibilidade de compra de carros para ajudar equipes sem menores recursos a ingressar na categoria, mas a FIA no momento não trata da questão.

Em 1979, o Team Rebaque cansou-se dos Lotus com um ano – ou mais – de uso e claramente usou o modelo 79 criado por Colin Chapman como base para o único carro que levaria o nome do piloto latino. Projeto de Geoff Ferris, ex-Penske, contou com assessoria de um tal de John Barnard para disputar apenas uma prova de um total de três em que tentou classificar sua ‘criação’.

O Rebaque HR100 falhou a largada em Monza no GP da Itália – foi 28º e último no treino classificatório, a 8″189 da pole position e em Watkins Glen, nos EUA, quando o mexicano ficou em 28º entre trinta inscritos nos treinos oficiais. Com ele, disputou apenas o GP do Canadá, largando em 22º e figurando em último para abandonar por quebra de motor, na 26ª volta.

Hector voltaria à Fórmula 1 pela Brabham na segunda metade do campeonato de 1980, substituindo Ricardo Zunino, com desempenhos até bem razoáveis. Mas os dólares da Pemex não foram suficientes para mantê-lo por lá e o piloto iria direto para a Fórmula Indy, onde até corrida venceu.

Há 39 anos, direto do túnel do tempo.