A Mil por Hora
Fórmula 1

Se não sabe brincar…

RIO DE JANEIRO (… não brinca!) – Deu a lógica no treino de classificação para a primeira etapa da Fórmula 1 em 2018. Com novo recorde do circuito de Albert Park, em Melbourne, Lewis Hamilton enfiou uma luneta no resto e conquistou a 73ª pole position da carreira, ampliando a marca histórica para a categoria. […]

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O campeão Lewis Hamilton não deixou margem para dúvidas e cravou sua sétima pole position para o GP da Austrália. Corrida é na madrugada de sábado para domingo, 2h10 pelo horário de Brasília (Foto: AFP/Reprodução Grande Prêmio)

RIO DE JANEIRO (… não brinca!) – Deu a lógica no treino de classificação para a primeira etapa da Fórmula 1 em 2018. Com novo recorde do circuito de Albert Park, em Melbourne, Lewis Hamilton enfiou uma luneta no resto e conquistou a 73ª pole position da carreira, ampliando a marca histórica para a categoria.

Surpresos? Claro que não. Lewis hoje é o melhor piloto em volta rápida de toda a categoria. Também pudera: com sobra de equipamento, o britânico voou e fez o que quis. O tempo de 1’21″164 para os 5,303 km do traçado representa uma média horária de 235,212 km/h – mais do que respeitável para um circuito urbano como o da Oceania. Agora vamos ver se o predomínio de Hamilton resiste em ritmo de corrida.

Algumas cabeças certamente hão de pirar – ou já piraram. A de Valtteri Bottas começa a prêmio, com o finlandês atrapalhando o bom andamento do processo e demolindo sua Mercedes no muro da saída da curva 2, logo no início do Q3. Um acidente que dará trabalho aos mecânicos, que pode acarretar em punição ao nórdico e pode ser também uma garantia de que teremos algumas ultrapassagens numa prova que em 2017 só viu duas – isso mesmo – trocas de posição.

Os adversários de Lewis devem se entreolhar e pensar… “Caramba, como podemos parar esse sujeito?” Porque, pelo visto, nem a tiro alguém consegue deter o atual campeão.

Kimi Räikkönen, com a autoridade de quem normalmente anda bem em Albert Park (venceu lá duas vezes), ainda conseguiu desalojar Vettel da linha de frente e levou o 2º posto por apenas 10 milésimos de segundo. Sem Bottas e com a polêmica punição a Daniel Ricciardo, a Haas se sobressaiu com o 5º lugar de Kevin Magnussen, principalmente porque o piloto ficou a apenas três décimos de Räikkönen.

O resto da turma que passou ao Q3 nem fez cosquinha, com Grosjean dividindo a terceira fila com seu parceiro de esquadra, suplantando no confronto direto aquelas outras equipes que vão brigar pelo honroso título de ‘quarta força’, ou seja: Renault, McLaren e Force India.

Mas não dá pra confiar jamais nesses dois pilotos contratados por Gene Haas e Gunther Steiner. Às vezes falta miolos aos dois – Grosjean e Magnussen. São rápidos, mas estabanados, irregulares e propensos ao desastre. Uma fórmula que tem tudo para dar errado.

A McLaren não avançou ao Q3 – normal, para uma escuderia que teve problemas na pré-temporada e foi inclusive a que menos andou. Normalmente reclamão e de mau humor com a situação recente da equipe, Fernando Alonso até que adotou um discurso pacifista e admitiu que o 11º lugar era o limite neste momento. Ótimo. Resta a dúvida se o carro terá ritmo de corrida para que a tradicional escuderia britânica consiga começar o campeonato de forma muito mais digna do que das últimas oportunidades.

Última fila: por enquanto, o novato Sergey Sirotkin terá de largar no fundo do grid ao lado de Pierre Gasly. A Williams realmente andou muito para trás em relação ao ano passado. Que coisa… (Foto: AFP/Reprodução Grande Prêmio)

Quanto às demais, a Force India realmente começa muito abaixo do que veio apresentando nas últimas temporadas, mostrando que vão precisar trabalhar para avançar no pelotão. Da Williams não se esperava nada por causa dos seus pilotos, mas até que o 14º posto do Stroll merece registro. O que não pode é o Sirotkin se classificar na última fila em sua estreia na Fórmula 1, tomando meio segundo da Sauber.

E, convenhamos, nem a Toro Rosso fazer o papel que fez no treino oficial. Tudo bem: na pré-temporada não quebraram e tal, mas… Gasly em último é um negócio meio esquisito. Hartley também fora logo no Q1 não é o que a equipe aguardava. Mas faz parte. De repente, não encontraram o melhor caminho e a gente tira a prova dos nove na corrida.

Para fechar, uma pergunta. Uma, não. Várias:

Vocês gostaram do novo pacote gráfico da Fórmula 1? Qual a impressão dos leitores acerca do Halo? E as onboard? Perderam completamente o sentido?

Cartas para a redação.