A Mil por Hora
Fórmula 1

Escolha natural

RIO DE JANEIRO – Parecia – e era – meio óbvio: a Red Bull já fechou sua dupla de pilotos para 2019 e a escolha foi mais do que natural. Pierre Gasly, que corre na filial Toro Rosso – e via de regra, já conhece os motores Honda que irão equipar os bólidos de Milton […]

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Subindo de posto: Pierre Gasly deixa a filial Toro Rosso rumo à matriz Red Bull para a Fórmula 1 em 2019 (Foto: Red Bull Content Pool/Reprodução Grande Prêmio)

RIO DE JANEIRO – Parecia – e era – meio óbvio: a Red Bull já fechou sua dupla de pilotos para 2019 e a escolha foi mais do que natural. Pierre Gasly, que corre na filial Toro Rosso – e via de regra, já conhece os motores Honda que irão equipar os bólidos de Milton Keynes na próxima temporada, foi confirmado como o substituto de Daniel Ricciardo, de saída para a Renault.

É mais uma peça que se encaixa numa dança de cadeiras que será uma das mais interessantes com vistas ao próximo ano. A saída do francês de 22 anos rumo à equipe principal da marca austríaca de energéticos abre também uma discussão sobre os que ocuparão os dois cockpits da Toro Rosso – afinal, em sã consciência, quem apostará na permanência de Brendon Hartley, que só fez dois pontos e não correspondeu a nenhuma expectativa enquanto piloto de Fórmula 1?

O problema reside na questão da Superlicença. O Sérgio Sette Câmara explicou ao companheiro de Fox Sports e Fox Nitro Thiago Alves que os resultados dos três anos anteriores é o que contam. Portanto, não adianta o piloto ter sido o ‘pica das galáxias’ em 2014 e não ter feito nada nos três anos seguintes na carreira, para poder pleitear uma vaga na categoria máxima. É positivo porque teoricamente afasta aquele piloto mais lento, porém endinheirado, do sonho de dividir uma pista com um Lewis Hamilton da vida. Por outro, obriga aos pilotos serem competitivos o tempo todo e isso é positivo.

A pergunta é: a Red Bull, através de seu programa de desenvolvimento de jovens pilotos, teria pelo menos dois nomes para pôr nessas vagas? Ou será que, pela primeira vez, terão que abrir mão de sua premissa inicial?

O que temos – até agora – são oito pilotos confirmados: Vettel na Ferrari, Sainz Jr. na McLaren e três duplas fechadas – Hamilton e Bottas (Mercedes); Hülkenberg e Ricciardo (Renault); e, agora, Verstappen e Gasly (Red Bull).

Verstappen e Gasly… combinação explosiva hein?

Juntos, os dois dão 44 anos de idades somadas. Räikkönen, que poderá renovar por pelo menos mais um ano com a Ferrari após a morte de Sergio Marchionne, que já não o queria mais em Maranello, faz… 39 em outubro próximo.

Uma renovação que é bem-vinda, mas que cobra seu preço quando um ídolo como Fernando Alonso enche o saco e vai embora e o próprio Kimi é uma figura das mais incríveis da Fórmula 1 – apesar de muitos não gostarem dos dois – eu sou fã declarado tanto de Don Fernando de las Asturias como do nórdico.

E para a França, surge a maior possibilidade de o país voltar a um topo de pódio desde 1996, quando Olivier Panis conseguiu a última vitória de um piloto do país na categoria.

França que, é bom lembrar, não tinha ninguém na Fórmula 1 como piloto regular há um bom tempo. E de repente, eles – Grosjean, Vergne, Gasly, Ocon, et cetera – surgiram.