A Mil por Hora
Memorabilia

Barros e Adu

RIO DE JANEIRO (Vamos falar de coisa boa?) – A história do Brasil no Mundial de Motovelocidade tem duas personagens fundamentais para a gente lembrar e reverenciar. Em comum a ambos, coragem, desprendimento, força de vontade, luta e o palco da primeira vitória deles dois na competição hoje organizada pela Dorna e sancionada pela Federação Internacional […]

Suzuki-Barros

RIO DE JANEIRO (Vamos falar de coisa boa?) – A história do Brasil no Mundial de Motovelocidade tem duas personagens fundamentais para a gente lembrar e reverenciar. Em comum a ambos, coragem, desprendimento, força de vontade, luta e o palco da primeira vitória deles dois na competição hoje organizada pela Dorna e sancionada pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM).

Num espaço de duas décadas, a pista de Jarama entrou para os compêndios do motociclismo, por ter acontecido ali nas proximidades de Madrid a primeira vitória do santista Adu Celso, na etapa de 1973 da classe 350cc. E depois, no ano de 1993, pela primeira vitória de Alexandre Barros, a bordo da Suzuki que ilustra este post. Sete anos antes desse feito, quando Alex era um moleque de apenas 15 anos – mas que já tinha inclusive feito provas de 250cc por aqui, um ano antes – ele estreara no Mundial lá mesmo em Jarama com uma “oitentinha” de fabricação espanhola, e eu explico: na época, a classe de 80cc era a única que permitia adolescentes competirem no Mundial, isso nos anos 1980.

Outro fato em comum é que tanto Adu quanto Alex venceram na última corrida da temporada. O triunfo de Adu levou o “Índio Brasileiro” ao 7º lugar no campeonato de 1973, com 33 pontos – uma vitória valia 15 e só os dez primeiros pontuavam. Vinte anos mais tarde, Barros terminaria aquele campeonato de sua primeira vitória em sexto, com 125 pontos – os 15 primeiros pontuavam e o triunfo valia 25.

Aquela prova de Jarama é recordada pelo GRANDE PRÊMIO aqui. Vale cada linha da matéria, cada palavra dita pelo Alex Barros, que construiu uma bonita história na Motovelocidade mundial, mesmo não tendo conquistado um título. Prestes a completar 48 anos, ele segue em atividade na Superbike brasileira – e ainda é competitivo. O inoxidável Alex tem protagonizado batalhas incríveis com Eric Granado, que trabalha para ser um sucessor à altura.

Em tempos de monocultura esportiva ou quase, Barros foi e continua sendo uma referência. E merece todo o nosso respeito e admiração.

Viva Alex Barros!