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GP às 10

GP às 10: Ratzenberger, acidentes e austríacos

RIO DE JANEIRO – Esta é uma semana doída para muitos dos que, como eu, amam automobilismo. Há exatos 25 anos, tivemos as tragédias de Imola. O acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira e as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, ocorridas num espaço de tempo de 24 horas, no fatídico GP de San […]

RIO DE JANEIRO – Esta é uma semana doída para muitos dos que, como eu, amam automobilismo. Há exatos 25 anos, tivemos as tragédias de Imola. O acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira e as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, ocorridas num espaço de tempo de 24 horas, no fatídico GP de San Marino, disputado em 1º de maio de 1994.

Há quem diga que a história do esporte e da relação dos brasileiros com o automobilismo mudaria a partir dali. Até concordo, mas em parte. Os apaixonados pelas corridas continuaram apaixonados e eu, à época com 22 para 23 anos, era um deles. Estava ainda longe de chegar ao jornalismo e principalmente de trabalhar como jornalista,  no universo automobilístico.

Mas é impossível não deixar de dimensionar a dor que se viveu naqueles dias.

Dor que não se viveu só no Brasil e que foi vista ao vivo e a cores por um país inteiro que chorou a perda colossal de um tricampeão. Também se vivenciou momentos de profunda tristeza numa nação de apenas 83.872 km quadrados de território, cem mil vezes menor que o nosso país: a Áustria.

E não foi só no final de abril de 1994 que os habitantes daquela localidade da Europa Central viveram momentos de tristeza. O automobilismo austríaco conviveu com as perdas de Jochen Rindt, Helmut Koinigg e Jo Gartner, antes de Ratzenberger não resistir aos ferimentos decorrentes do grave acidente a bordo de sua Simtek S941.

Niki Lauda, Gerhard Berger e Karl Wendlinger, cada um a seu tempo, sofreram também com acidentes terríveis, em circunstâncias diversas e que marcaram profundamente a carreira e o caráter de todos os três.

A Áustria teve 14 pilotos disputando pelo menos uma corrida na história da Fórmula 1. Sete deles foram vítimas de acidentes fatais e/ou graves. Número impressionante.

Em homenagem a Ratzenberger, que não pode ser esquecido nunca, tanto quanto Senna e aos austríacos que sobreviveram ou pereceram, este foi o GP às 10 desta segunda-feira, 29 de abril de 2019. O próximo é daqui a duas semanas, no dia 13 de maio.