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Automobilismo Internacional

Cinco anéis para os Quatrargólicos

RIO DE JANEIRO – Os Senhores dos Anéis acabam de faturar mais um neste fim de semana: pela 5ª vez, a Audi chega à vitória nas 24 Horas de Nürburgring, uma das mais difíceis e emblemáticas provas de longa duração do mundo. O quarteto formado por Fréderic Vervisch (que deu duplo expediente no WTCR), Dries […]

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A equipe certa na hora certa: a penalização aplicada ao Porsche da Manthey Racing, líder das 24h de Nürburgring, custou-lhes a vitória. A Phoenix Racing não tinha nada a ver com isso e foi a vencedora da clássica disputa alemã neste fim de semana

RIO DE JANEIRO – Os Senhores dos Anéis acabam de faturar mais um neste fim de semana: pela 5ª vez, a Audi chega à vitória nas 24 Horas de Nürburgring, uma das mais difíceis e emblemáticas provas de longa duração do mundo.

O quarteto formado por Fréderic Vervisch (que deu duplo expediente no WTCR), Dries Vanthoor, Pierre Kaffer e Frank Stippler completou quase 4 mil km pelo Nordscheleife, num total de 157 voltas percorridas diante de um público superior a 230 mil torcedores espalhados pela região do Eifel ao longo dos 25,378 km do lendário traçado alemão.

Registre-se que em nenhum momento pareceu que a Audi e a Phoenix Racing seriam capazes de alcançar o triunfo obtido neste domingo. Por mais de 21 horas, o domínio foi de equipes das casas rivais – Porsche e Mercedes-AMG – que estiveram quase esse tempo todo na frente, com a Porsche tendo mais possibilidades de vitória face a ótima prova da tripulação do #911 da Manthey Racing, formada inclusive por dois campeões do WEC (Michael Christensen e Kévin Estre), junto a Laurens Vanthoor e Earl Bamber, igualmente vitoriosos em Le Mans noutros anos.

Porém, uma penalização de 5min32seg, aplicada por desrespeito da equipe Manthey Racing a duas zonas de neutralização por bandeiras amarelas (passaram em 172 km/h quando deveriam estar em 120), pôs um fim definitivo ao sonho de mais uma vitória do construtor de Stuttgart, abrindo caminho aos rivais para que vencessem a disputa. A Black Falcon, que teve uma de suas Mercedes-AMG partindo da pole position, ainda fechou em 3º lugar graças a Maxi Bühk/Hubert Haupt/Luca Stolz/Thomas Jäger.

Uma das surpresas da disputa foi o desempenho consistente do SCG 003C #705 da Scuderia Cameron Glickenhaus, que em boa parte da prova andou entre os cinco primeiros, naquela que é a despedida do bólido da competição alemã – já que em 2020 vem um carro novo para substitui-lo. O carro só não chegou no top 5 e até mesmo no pódio porque uma colisão com um carro mais lento causou danos e foi necessário um reparo mais longo. A nona posição não pode ser considerada tão ruim assim…

Para outro construtor germânico, as 24h de Nürburgring foram quase que um desastre absoluto. A BMW só teve um carro no top 10: sexto lugar para o #44 do Team Falken guiado por Stef Dusseldorp/Alexandre Imperatori/Peter Dumbreck/Jens Klingmann, enquanto as outras M6 GT3 ficaram pelo caminho – incluindo a do brasileiro Augusto Farfus, vítima de um acidente prematuro com Timo Scheider ao volante.

Tirante as três marcas já citadas, além do carro da SCG, a única a figurar entre os dez primeiros foi a japonesa Nissan, 10ª colocada geral com o #45 alinhado pelo time de Masahiko Kondo para Tom Coronel/Mitsunori Takaboshi/Tomonobu Fujii/Tsugio Matsuda.

A participação brasileira não foi mesmo auspiciosa: o carro #38 da KCMG que tinha João Paulo de Oliveira estreando na mítica disputa junto a Josh Burdon, Phillip Wlazik e Christian Menzel abandonou após pouco mais de seis horas de disputa, com 40 voltas percorridas.

De um total de 158 inscritos, largaram 155 para a prova e nada menos que 102 foram classificados. E eram mais de 20 subcategorias em disputa na 47ª edição das 24h de Nürburgring. Que venha a próxima!