A Mil por Hora
Automobilismo Nacional

Segue a novela…

RIO DE JANEIRO – Ah! A falta de memória… o brasileiro é assim mesmo. Os que hoje dizem que “torço contra” esquecem que, desde o vaticínio do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, lutei com todas as armas que tinha – ou seja, microfone do SporTV e blog, hospedado inclusive no […]

15574194715cd455cf7c626_1557419471_3x2_md
Ausência de Relatório de Impacto Ambiental (RIA) é mais um golpe na pretensão de se fazer o autódromo sucessor de Jacarepaguá. E porque o Grande Prêmio traz matérias do gênero, o blogueiro é acusado de “torcer contra” por compartilhar fatos. Esqueceram que esta pena aqui foi uma das que mais defendeu que Jacarepaguá não fosse pro vinagre? Memória curta define…

RIO DE JANEIRO – Ah! A falta de memória… o brasileiro é assim mesmo.

Os que hoje dizem que “torço contra” esquecem que, desde o vaticínio do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, lutei com todas as armas que tinha – ou seja, microfone do SporTV e blog, hospedado inclusive no Grupo Globo – para denunciar o descalabro que era acabar com Jacarepaguá para que, no fim das contas, acontecesse exatamente ao Parque Olímpico o que vem acontecendo.

O total abandono da área reflete o descaso do país com o esporte como um todo. Se não for futebol, nada presta. Nem o automobilismo. Mas não foi por falta de aviso.

Como também não foi por falta de aviso que o Grande Prêmio vem trazendo matérias há muito tempo avisando que o sucessor do Autódromo de Jacarepaguá não passa de uma falácia.

A última foi publicada ontem e assinada por Felipe Noronha, Fernando Silva e Vitor Fazio: a Justiça Federal é quem atua suspendendo o processo de licitação do Autódromo de Deodoro, por falta de aprovação de estudo prévio de impacto ambiental na área de construção da pista. O Relatório de Impacto Ambiental (RIA) é obrigatório numa obra desse porte.

O Ministério Público Federal também pediu o adiamento do processo licitatório, pelo mesmo motivo.

Tem um pessoal em redes sociais que acha que só porque prometeram um novo autódromo no Rio de Janeiro, com a desculpa de que teremos Fórmula 1 de volta à ex-Cidade Maravilhosa, que estamos torcendo contra. Que o Grande Prêmio joga contra e que o blogueiro hoje quer que tudo dè errado.

Não, senhores. O nosso dever é informar o que está acontecendo. E se têm acontecendo decisões na esfera jurídica contra o processo licitatório do autódromo e também quanto às questões ambientais, isso é um fato e se é um fato, temos a obrigação de expor a realidade.

A realidade é que, com essa guerrinha de bastidores que se formou tendo de um lado o governo de São Paulo com João Doria e o outro representado pelo combo Bolsonaro-Witzel-Crivella (e olha que é difícil saber quem dos quatro políticos é pior nessa história toda), o Brasil corre o sério risco de ficar sem a Fórmula 1 após 2020.

Não é fatalismo. É realismo. E não tem essa de escolha política, não. Se fosse o Ciro Gomes, o Haddad, a Marina, o Daciolo ou até o Levy Fidélix do Aerotrem que fosse presidente, eu jamais acreditaria na palavra deles sobre o sucessor do autódromo de Jacarepaguá.

Pois se ninguém cumpriu com a palavra após a demolição da antiga pista, vocês vão acreditar no trio que “prometeu” Deodoro?

Tolinhos…

E segue a novela!