A Mil por Hora
Fórmula 2

Anthoine Hubert, 22

RIO DE JANEIRO (Descanse em paz) – Sábado de profunda tristeza no automobilismo mundial. A Fórmula 2 e o esporte perdem um dos nomes mais promissores da atual safra de pilotos da categoria. Um grande e grave acidente na saída de Eau Rouge e Raidillon, na segunda volta da corrida programada para a pista de […]

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RIO DE JANEIRO (Descanse em paz) – Sábado de profunda tristeza no automobilismo mundial. A Fórmula 2 e o esporte perdem um dos nomes mais promissores da atual safra de pilotos da categoria.

Um grande e grave acidente na saída de Eau Rouge e Raidillon, na segunda volta da corrida programada para a pista de Spa-Francorchamps acabou por tirar a vida do francês Anthoine Hubert, da Arden.

Campeão da GP3 Series no último ano de disputa da categoria – hoje Fórmula 3 – no seu formato anterior, Hubert subiu à Fórmula 2 na esperança de impressionar a Renault, com quem assinou um acordo para participar de seu programa de jovens talentos.

Vinha de duas vitórias na atual temporada, na icônica pista de rua do principado de Mônaco e também na sua França natal, no tradicional Paul Ricard. Estava em 8º na classificação com 77 pontos.

Na corrida deste sábado, largou em 13º e buscava uma posição melhor quando saiu da pista na curva Raidillon. Bateu na proteção de pneus que margeia a pista do outro lado de onde perdeu o controle – e foi acertado em cheio pelo carro da Sauber by Charouz, guiado por Juan Manuel Correa. Outros pilotos envolvidos na confusão foram Giuliano Alesi, da Trident, além de Marino Sato, da Campos e Ralph Boschung, também da Trident.

A batida no monoposto de Hubert foi no pior ângulo possível – em T a 90º, o que provocou um rombo no habitáculo. A corrida foi cancelada. Não fazia sentido continuar.

Os pilotos foram hospitalizados. Alesi não teve nada de mais sério e recebeu alta. Correa está na cidade de Liège, em tratamento intensivo e condições estáveis, segundo o comunicado da FIA. E Hubert, infelizmente, teve o óbito declarado às 18h35 da Bélgica (13h35 de Brasília).

Por vezes, o esporte que tantas alegrias traz para os fãs nos desperta para o risco sempre presente a cada reta, a cada curva.

Cada morte é um pedaço de nós que também se despede da vida. Só quem, como eu, trabalha com esse esporte – mesmo que nos bastidores – sabe que uma notícia como esta dói fundo na alma. Ainda mais quando se trata de um jovem de apenas 22 anos feito Anthoine Hubert.

Mais detalhes, no GRANDE PRÊMIO.