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Automobilismo Nacional

Afonso Rangel, 62

RIO DE JANEIRO – Notícia triste do domingo e do fim de semana: o paranaense Afonso Rangel, de 62 anos, faleceu vítima de parada cardíaca após ser internado com uma infecção numa de suas pernas, na manhã de ontem em Curitiba, capital daquele estado. Afonso era pró-reitor de planejamento e avaliação da Universidade Tuiuti e […]

Largada de uma corrida de Fórmula Ford em Interlagos, anos 1980. Afonso Rangel guiava na categoria de monopostos o carro #7. O paranaense faleceu ontem, aos 62 anos

RIO DE JANEIRO – Notícia triste do domingo e do fim de semana: o paranaense Afonso Rangel, de 62 anos, faleceu vítima de parada cardíaca após ser internado com uma infecção numa de suas pernas, na manhã de ontem em Curitiba, capital daquele estado.

Afonso era pró-reitor de planejamento e avaliação da Universidade Tuiuti e estava na política. Foi candidato à prefeitura de Curitiba em 2016 e planejava fazer o mesmo este ano. Mas a morte pregou-lhe uma peça e chegou primeiro.

Como piloto, foi um dos melhores do Paraná. Pertenceu à geração que revelou Roberto Wypich, Edgard Favarin e Olício dos Santos Filho. Além de competir no regional – que tinha provas em Cascavel, já que nos anos 80 a pista de Pinhais estava desativada (e ser bicampeão paranaense), Afonso corria o Brasileiro de Fórmula Ford com o numeral #7.

Entre seus rivais, Egon Herzfeldt, João Alfredo “Baguncinha” Ferreira, Luiz Fernando Cruz, Luiz Silveira, Maurizio Sandro Sala, entre outros que a memória já não lembra, além dos já citados.

Escudado pelo irmão Neneco, também já falecido, Afonso trouxe em meados dos anos 1980 um lindo projeto de Fórmula Ford desenvolvido por ele e pelo engenheiro Paulo Roberto Martins. Mas os JQ-Reynard licenciados por Joel Queiroz e que vieram da Fórmula Fiat acabaram com seus planos.

Depois de um tempo afastado das competições, ele voltou na Fórmula 3 Sul-Americana em 1989, primeiro com um Berta e depois um Reynard 873. Também competiu – e venceu provas – na Stock Car, pela equipe Action Power, do amigo e conterrâneo Paulo de Tarso, com quem trabalharia depois de se retirar de forma definitiva das pistas.

À família e amigos do Afonso Rangel, os mais sinceros votos de pêsames.