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Fórmula 1

Crise – grave – na Williams

RIO DE JANEIRO – Os últimos anos na cauda do pelotão da Fórmula 1 cobram – e muito – a conta para a Williams, uma das mais tradicionais equipes da categoria. Sem maiores explicações, a sexta-feira começou com a ruptura entre o time de Grove e a ROKiT, patrocinadora que assinara acordo desde o ano […]

RIO DE JANEIRO – Os últimos anos na cauda do pelotão da Fórmula 1 cobram – e muito – a conta para a Williams, uma das mais tradicionais equipes da categoria.

Sem maiores explicações, a sexta-feira começou com a ruptura entre o time de Grove e a ROKiT, patrocinadora que assinara acordo desde o ano passado com validade até 2023.

A equipe teve uma perda financeira estimada em £ 13 milhões (pouco mais de R$ 86,9 milhões) ano passado, contrastando com o lucro de £ 12,9 milhões (cerca de R$ 86,4 milhões) em 2018. Em comum à esses dois anos, o fato de a Williams figurar como a pior escuderia no Mundial de Construtores, com um ponto marcado no último campeonato e sete no retrasado.

Diante do quadro grave de constantes prejuízos, a Williams Grand Prix se vê obrigada a abrir um processo gradual de venda de ativos. Que podem ser parciais, com um novo sócio injetando capital na escuderia britânica ou mesmo a totalidade da equipe.

“A companhia não recebeu nenhuma abordagem no momento deste anúncio e confirma que está em discussões preliminares com um pequeno número de partes em relação a um possível investimento na equipe”, acrescentou o diretor executivo Mike O’Driscoll.

“Não há certeza de que uma oferta será feita, nem quanto aos termos em que qualquer oferta será feita. O conselho do WGPH se reserva o direito de alterar ou encerrar o processo a qualquer momento e, se o fizer, fará um anúncio conforme apropriado. O conselho do WGPH também se reserva o direito de rejeitar qualquer abordagem ou encerrar discussões com qualquer parte interessada a qualquer momento.”

As próprias performances da Williams fazem a equipe mergulhar num poço sem fundo. Sem performance, a receita financeira na fatia do bolo distribuído pela Fórmula 1 representou uma queda de £ 35,3 milhões (R$ 236,6 milhões) em um ano.

Para quem já não nada em dinheiro e precisa equilibrar receita com despesa, perder o equivalente a mais de R$ 200 milhões é um golpe duro e difícil de ser assimilado…