RIO DE JANEIRO – Sexta-feira de não muito boas notícias para a Fórmula 1. Como se já não bastasse terem ‘caído’ quatro etapas do calendário anteriormente rascunhado – Austrália, Mônaco, França e Holanda – agora o Liberty Media confirma que mais três GPs da lista original estão fora.
Azerbaijão, Singapura e Japão não terão mais seus eventos em 2020. Os dois primeiros, porque são em circuitos urbanos e em pleno processo de Pandemia do Covid-19 é humanamente impossível montar circuitos do gênero. O Japão está fora por decisão do próprio governo e faz um certo sentido: um país que deixou de organizar os Jogos Olímpicos, adiados para o ano que vem – a princípio – não tem condição alguma de fazer outros eventos internacionais e a Fórmula 1 ter sua corrida realizada seria no mínimo um contrassenso.
Assim, continuamos num perigoso standby e correndo, por conta das irresponsabilidades que grassam neste país, um sério risco de perder o GP do Brasil e do evento não ser realizado pela primeira vez em 48 anos.
A corrida de Interlagos segue como evento ‘pendente’ junto aos GPs da Rússia, EUA, México (este, os organizadores garantem ter condição de realizar) e Abu Dhabi. Há ainda outras quatro corridas adiadas e não-alocadas no calendário: Bahrein, Vietnã, China e Canadá.
Realisticamente falando, é bem mais factível que Liberty Media e FIA abram uma exceção e concentrem o restante do calendário mínimo de 15 corridas previsto pelos donos do espetáculo (com máximo de 18) em pistas europeias – e talvez no Bahrein.
Alternativas são propostas e Imola, que não recebe a categoria desde 2006, pode voltar: a pista próxima a Bolonha teve sua licença renovada como “Grau 1” pela FIA. Ou seja, o traçado está apto a receber a F1 novamente, ressuscitando o GP de San Marino.
Outras possíveis adições ao calendário são Hockenheim (Alemanha), Algarve (Portugal), Mugello (Itália) e pensa-se em fazer provas duplas em Sóchi, na Rússia e no Bahrein, com direito a um traçado externo alternativo.
Vamos aguardar e atentos. Acho que dificilmente teremos o GP do Brasil em 2020. E vocês, leitores? Postem seus comentários e digam o que pensam a respeito.