A Mil por Hora
Fórmula 1

264,362 km/h!

RIO DE JANEIRO – Ritmo de festa – sem modo festa – e recorde histórico (mais um, aliás) para Lewis Hamilton e a Mercedes-Benz na Fórmula 1. Na definição do grid para o GP da Itália, o hexacampeão conseguiu a quebra do recorde da pista de Monza e a melhor volta de sempre na história […]

RIO DE JANEIRO – Ritmo de festa – sem modo festa – e recorde histórico (mais um, aliás) para Lewis Hamilton e a Mercedes-Benz na Fórmula 1. Na definição do grid para o GP da Itália, o hexacampeão conseguiu a quebra do recorde da pista de Monza e a melhor volta de sempre na história da categoria.

E eu explico o porquê do aposto “sem modo festa” nas linhas iniciais desse post: a FIA definiu que a partir desse fim de semana o mapeamento dos motores não pode mais ser mexido para evitar a absurda superioridade dos alemães sobre a concorrência… e não adiantou nada. Os carros escuros estapearam os rivais nos treinos livres e sobraram na qualificação.

O recorde de Kimi Räikkönen estabelecido ano retrasado com 263,583 km/h de média foi superado hoje por três vezes. Primeiro por Hamilton, depois por Bottas e finalmente pelo britânico, que estabeleceu a média de 264,362 km/h para os 5,793 km do traçado, com o tempo de 1’18″887.

Como se vê, a manobra da Red Bull, com o beneplácito da FIA, para “punir” uma equipe que está dentro das regras, falhou miseravelmente. E os rubrotaurinos, mais ainda, pois nem segunda fila pegaram. Com Bottas a 0″069 do pole, o terceiro colocado foi… Carlos Sainz Jr., que se qualificou a mais de oito décimos de Hamilton. O quarto foi Sergio Pérez, com sua Racing Point. E só aí veio Max Verstappen, quinto classificado.

E para nenhuma surpresa, a Ferrari teve uma qualificação desastrosa, a pior dela no GP da Itália em 36 anos, quando na classificação para a prova de 1984 deu Michele Alboreto em décimo-primeiro e René Arnoux em décimo-quarto.

O que se percebe é que pelo menos Charles Leclerc ainda luta e o monegasco, que deve estar passando muita raiva no cockpit pela fase que a equipe italiana vive, vai largar de 13º na pista onde venceu pela segunda vez na carreira. A fase de Sebastian Vettel segue terrível, escabrosa, nível Jody Scheckter em 1980: o alemão sequer passou do Q1 e vai alinhar na nona fila de um pelotão de 20 carros.

Triste? Sim, sem dúvidas. E é uma crise que parece não ter fim.

A única sorte da Ferrari no GP #999 de sua trajetória de 70 anos na categoria máxima é não ter público na pista. Porque os tifosi, em casa, certamente não merecem o que têm visto em 2020.