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Direto do túnel do tempo (472)

RIO DE JANEIRO – Hoje, 18 de outubro, um dos gigantes do esporte a motor do país completa meio século de vida. O querido Alexandre Barros – atualmente participando das transmissões de treinos e corridas da MotoGP nos canais Fox Sports –  está de aniversário e hoje o blog o homenageia relembrando sua primeira vitória […]

RIO DE JANEIRO – Hoje, 18 de outubro, um dos gigantes do esporte a motor do país completa meio século de vida. O querido Alexandre Barros – atualmente participando das transmissões de treinos e corridas da MotoGP nos canais Fox Sports –  está de aniversário e hoje o blog o homenageia relembrando sua primeira vitória no que hoje é a MotoGP, antes o Mundial de 500cc.

Alex, que começou ainda de calça curta correndo de Mobilete no Autódromo de Interlagos, tornou-se um fenômeno juvenil da Motovelocidade no pais. Aos 14 anos, já dava pau em veteranos competindo com uma TZ250. Quando atingiu a idade mínima, foi correr na Europa. Fez a finada “oitentinha” com quatro marcas diferentes – Rieju, Casal, Autisa e Arbizu – e estreou de 250cc no GP do Brasil de 1988 em Goiânia com o apoio do espanhol Pedro Faus, que tinha inclusive uma publicação que rivalizava com a saudosa ‘Moto Show’, da Editora Três.

Na temporada de 1989, Barros integrou a lendária equipe Venemotos e, antes de completar 20 anos, chegou às 500cc via Cagiva. Dividiu boxes com monstros sagrados feito Randy Mamola e Eddie Lawson, com quem aprenderia muito e de quem ficaria amigo. Foi contratado pela Suzuki e lá terçou bigodes com Kevin Schwantz. Daí andou muito tempo como piloto Honda, nos times de Erv Kanemoto, Paolo Pileri, Fausto Gresini, Alfonso “Sito” Pons e também no HRC – isso tudo antes de guiar a Yamaha da equipe Gauloises, que após a passagem do brasileiro por lá ganharia quase tudo com Valentino Rossi e outros.

Após o ano de 2005, quando venceu inclusive no GP de Portugal, Alex ficou sem moto para andar no Mundial de MotoGP – e olha que o brasileiro tinha o respeito do “Doutor” Rossi – passando ao Mundial de Superbike. Com a Honda CBR1000RR da equipe de Klaus Klaffenbock, ainda foi 6º e venceu uma bateria em Imola, na Itália.

Esse bom desempenho lhe garantiu voltar à MotoGP e Alex, aos 37 anos, ainda fez um bom campeonato com a Pramac D’Antin. Com a Ducati Desmosedici GP7, chegou em 3º lugar no GP da Itália e subiu ao pódio pela última vez na carreira internacional. Ao todo, foram 276 GPs disputados entre 80cc, 250cc, 500cc e MotoGP com um total de sete vitórias, 32 pódios, cinco pole positions e 13 recordes de volta em corrida.

Quarto colocado em cinco temporadas do Mundial, Alex foi sem dúvida o brasileiro de mais destaque na modalidade e não nos esqueçamos – nunca! – de nomes feito Adu Celso, Luiz Celso Giannini, Edmar Ferreira, Cláudio Girotto, Denísio Casarini, Carlos “Jacaré” Pavan, Marco Greco, José Xavier “Birigui”, Antonio Jorge Neto, Eric Granado e, também, Walter “Tucano” Barchi.

Afora tantos outros que contribuíram com seu brilho no esporte, nacional e internacionalmente.

Aliás, entre Adu e Alex há uma feliz coincidência. Se o “Índio Brasileiro”, que correu na década de 1970 lá fora – primeiro com licença holandesa porque a CBM estava prescrita pela FIM – e só venceu uma corrida, Barros ganhou sete, como já dito. E em comum: a pista do primeiro triunfo – o circuito espanhol de Jarama, onde Adu venceu na classe 350cc em 1973 e Barros, numa corrida espetacular, vinte anos depois.

Curtam no vídeo abaixo a vitória de Alex na corrida chamada GP da FIM, disputada em 26 de setembro de 1993. A Bandeirantes exibiu na oportunidade um compacto dentro do “Show do Esporte” e eu vibrei assistindo aquilo na telinha. Aqui, o vídeo é em narração gringa.

Há 27 anos, direto do túnel do tempo.