A Mil por Hora
Fórmula 1

Centenários a caminho

RIO DE JANEIRO – A centésima pole position da carreira não aconteceu – ainda. E outra marca centenária de Lewis Hamilton se aproxima célere. O britânico da Mercedes ganhou mais uma vez o GP de Portugal, alcançou sua 97ª conquista na categoria e, certeza absoluta, faz 100 poles e 100 vitórias em 2021. Sobre a […]

RIO DE JANEIRO – A centésima pole position da carreira não aconteceu – ainda. E outra marca centenária de Lewis Hamilton se aproxima célere. O britânico da Mercedes ganhou mais uma vez o GP de Portugal, alcançou sua 97ª conquista na categoria e, certeza absoluta, faz 100 poles e 100 vitórias em 2021.

Sobre a corrida, não há muito o que dizer, exceto que pelo menos Hamilton dessa vez teve que correr atrás do prejuízo e ganhar sem ter que depender de estratégias ou erros de Valtteri Bottas, o pole position e o holandês Max Verstappen. Passou os dois e ganhou. Pode parecer simples, mas mesmo sem ter aparentemente o melhor carro, ele venceu e chegou à uma marca incrível – 122 corridas consecutivas como líder do campeonato.

A Red Bull, que tem seu melhor início em anos, não deve entender porque Verstappen não tem mais vitórias que o principal rival e, não obstante, Max ainda tentou uma cartada do ponto extra, o conseguiu – na últimoa volta – e esse ponto acabaria confiscado por alegado excesso de track limits.

Coisa chata, aliás, esse negócio de track limits. Quem quiser, que discorde.

Enfim, o ponto da volta rápida ficou mesmo com Bottas, que de pole passou a coadjuvante – que novidade! – e nessa corrida o finlandês, o holandês e o hexacampeão subiram juntos num pódio pela 15ª vez.

Registre-se que essa foi a primeira corrida afinal em que as duplas de Mercedes e Red Bull ocuparam os quatro primeiros lugares ao final de uma disputa em 2021. Lando Norris chegou em 5º, foi disparado o melhor do resto e faz ainda um excelente campeonato – pontuou nas três provas, foi ao pódio em Imola e está em 3º na classificação após três provas com 37 pontos. Muito bom.

E também podemos destacar uma performance bastante razoável da Alpine com seu A521, em que Esteban Ocon deu muito trabalho à dupla da Ferrari após um bom treino classificatório e Fernando Alonso fechando na 8ª colocação numa corrida combativa do bicampeão mundial. Alonso que, de maus bofes após um desempenho ruim no treino oficial e levar pau de Ocon, resolveu soltar os cachorros para cima da repórter Mariana Becker, numa atitude tremendamente deselegante. Reconheceu seu erro depois e pediu desculpas. Nada como um bom dia depois de um outro ruim…

Falando em dias ruins ou corridas ruins, a Alpha Tauri deixou tão boa impressão nas primeiras corridas e Tsunoda já começa a dar algumas pequenas vaciladas. Gasly está ligeiramente melhor – mas nada pode ser pior que o começo de campeonato da Aston Martin em relação ao que se esperava ou se projetava dela.

Já são três provas sem ponto algum para Sebastian Vettel e Lance Stroll tem pelo menos salvado a pátria – mas é muito pouco. Os dois não pontuaram em Portimão, a equipe tem apenas cinco pontos e é a última entre as que não estão zeradas – Alfa Romeo, Williams e Haas ainda não marcaram nada.

E apesar de terminar duas voltas atrás, Mick Schumacher fez coisas boas com a pavorosa Haas – superar o odioso Mazepin não é novidade, é obrigação. O alemão ainda ganhou na pista a posição de Nicholas Latifi e dentro das suas poucas possibilidades, até que é o melhor que ele pode fazer. Pelo menos ele luta e em ritmo de prova, sua melhor volta foi nove décimos abaixo que a do colega de escuderia.

Já no próximo domingo tem a 4ª etapa: o GP da Espanha, que tem fama de ser uma das corridas mais soníferas do campeonato. Muita gente não gostou do que viu no Algarve domingo. Se acham que a corrida de Portugal não foi boa, podem se preparar para o que pode vir por aí na pista de Barcelona.