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Fórmula 1

Verstappen, o impossível

RIO DE JANEIRO – A corrida em si foi chata. Bem chata. O GP da Estíria, marcando a primeira de duas provas no mesmo traçado do Red Bull Ring, foi dominado por Max Verstappen de cabo a rabo. O holandês chegou à quarta vitória no ano e 14ª da carreira, alcançando nomes consagrados feito Jack […]

A Red Bull festeja o líder: Verstappen alcançou a 14ª conquista da carreira e ampliou para 18 pontos a diferença sobre Lewis Hamilton na Fórmula 1 2021

RIO DE JANEIRO – A corrida em si foi chata. Bem chata. O GP da Estíria, marcando a primeira de duas provas no mesmo traçado do Red Bull Ring, foi dominado por Max Verstappen de cabo a rabo. O holandês chegou à quarta vitória no ano e 14ª da carreira, alcançando nomes consagrados feito Jack Brabham, Emerson Fittipaldi e Graham Hill. Todos com mais de dois títulos mundiais.

Verstappen, aliás, está a duas vitórias de igualar o piloto que mais ganhou sem ter sido campeão –  o britânico Stirling Moss. Porém, tudo parece caminhar para que o jovem piloto da Red Bull se consagre em 2021. Do jeito que a coisa anda, mesmo com 15 corridas (ou menos, vai saber) ainda por disputar, a vantagem já é de 18 pontos e com certeza na Mercedes está ou acesa a luz de alerta ou os alemães vão entregar os pontos cedo.

Os rubrotaurinos têm feito muito bem a parte que lhes cabe neste ano. Inclusive alcançaram um total de quatro vitórias consecutivas – três com Max, uma com Sergio Pérez – marca histórica para a Honda: havia 30 anos que o fornecedor japonês não triunfava quatro vezes seguidas. Isto aconteceu no início do campeonato de 1991, na sequência avassaladora de triunfos de Ayrton Senna – EUA, Brasil, San Marino e Mônaco.

A prova inequívoca da superioridade de Red Bull e Mercedes, mesmo com os alemães ainda perdendo no confronto direto com os rivais, contra o resto, foi evidenciada nesse GP da Estíria. Somente os quatro primeiros – Max, Lewis, Bottas e Pérez – terminaram na mesma volta.

Por um momento pareceu que a McLaren daria trabalho mas, não só Daniel Ricciardo fez uma corrida esquecível neste domingo como também Lando Norris levou o famoso feijão-com-arroz para sustentar o 5º posto e assim se manter em quarto no Mundial de Pilotos e a equipe em terceiro, à frente da Ferrari.

Por sinal, até que os italianos tiveram motivos para sorrir: acertaram na estratégia e fizeram Carlos Sainz vir de 12º no grid para sexto. Charles Leclerc teve problemas no começo, ficou entre os últimos e se recuperou bem, com boas manobras de ultrapassagens. Talvez não fosse o enrosco inicial e ele poderia ter terminado adiante de Sainz e Norris. Mas como o talvez não corre…

De resto, a Aston Martin segue pontuando – desta vez com Stroll. Alonso levou a Alpine ao nono lugar e Yuki Tsunoda salvou o último ponto do dia. A lamentar que a Williams tenha cagado a corrida de George Russell, que chegou a ser 8º colocado – andando bem, não de forma fortuita – e dando a impressão de que hoje era o dia da tradicional equipe inglesa de volta aos pontos. Não aconteceu: uma falha técnica deitou os planos por terra, além de uma parada de box desastrosa. Uma pena…

E é melhor não esperar muita coisa diferente – a não ser que chova no Red Bull Ring, o que não aconteceu neste fim de semana. A Red Bull parece nadar de braçada e Verstappen deve tirar muito partido disso antes do GP da Grã-Bretanha, uma das cartadas que ainda pode tentar garantir uma diferença não muito grande entre Lewis e o rival antes do GP da Hungria, o último pré-férias de verão da temporada.