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Automobilismo Nacional

A “Ligier” tupiniquim

RIO DE JANEIRO – Em tempos idos, sobrava criatividade no automobilismo brasileiro e para angariar torcida a favor, valia tudo: inclusive copiar layout de carro de Fórmula 1. Um desses exemplos clássicos é o Polar Volkswagen usado por José Luís Pimenta, o “Pimentinha”, piloto que correu na Fórmula Super Vê em 1975, deixou a categoria para se […]

RIO DE JANEIRO – Em tempos idos, sobrava criatividade no automobilismo brasileiro e para angariar torcida a favor, valia tudo: inclusive copiar layout de carro de Fórmula 1.

Um desses exemplos clássicos é o Polar Volkswagen usado por José Luís Pimenta, o “Pimentinha”, piloto que correu na Fórmula Super Vê em 1975, deixou a categoria para se dedicar aos negócios da família e voltaria alguns anos depois, já dono de garimpos em Itaituba, no interior do Pará, para correr com o carro da foto abaixo.

“Pimentinha” não podia ter encontrado melhor forma de conseguir chamar a atenção. Pintou seu carro com as cores da Ligier, equipe francesa que competia no fim dos anos 70 e início dos 80 de igual para igual com Renault, Williams e Brabham. E colocou nas laterais, ao invés do patrocínio dos cigarros Gitanes, já que não tinha nenhum mesmo, o apelido do seu preparador – Amândio Ferreira, o “Gigante”.

O piloto disputaria a Fórmula 2 Brasil em 1981 com este mesmo carro e pintura e no ano seguinte, entrou na disputa com um Muffatão pintado igualzinho ao Talbot-Ligier Matra JS19 daquela temporada. “Pimentinha” acabaria por abandonar as pistas antes de 83. E que fim teria levado ele?

Como disse o meu amigo Ricardo Mattos, de quem ‘roubartilhei’ a foto no facebook, “Pimentinha” guiava a Ligier tupiniquim.