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Perninha curta

RIO DE JANEIRO – Muito bem: e como vários já sabem, o “mautorista” da Ferrari que atropelou espectadores no TNT Street Race, aquela exibição do Felipe Massa no Aterro do Flamengo no último domingo, onde houve feridos, estava alcoolizado. O sr. Adolfo Cardoso de Araújo, 55 anos de idade, bebeu cinco latinhas de cerveja antes […]

RIO DE JANEIRO – Muito bem: e como vários já sabem, o “mautorista” da Ferrari que atropelou espectadores no TNT Street Race, aquela exibição do Felipe Massa no Aterro do Flamengo no último domingo, onde houve feridos, estava alcoolizado.

O sr. Adolfo Cardoso de Araújo, 55 anos de idade, bebeu cinco latinhas de cerveja antes de sentar no seu carro, que não custa menos que R$ 1,5 milhão e fazer o que fez no Rio de Janeiro. Além do atropelamento, soube-se que o cidadão é estelionatário, citado em inquéritos da Polícia Civil de São Paulo por falsidade ideológica.

Agora, fica a pergunta: a quem interessava dizer que o referido “mautorista” da Ferrari que atropelou e feriu gente no domingo não estava alcoolizado. Alguém tinha ouvido-o? A polícia foi consultada para dar o parecer definitivo? Em casos como este, de atropelamento, é praxe o exame toxicológico em quem está dirigindo. E por que não dizer a verdade?

Como quase sempre acontece, meus caros leitores, aí está: a mentira tem perninha curta. E, mais cedo ou mais tarde, ela aparece.

A confirmação de que o sr. Adolfo tinha bebido sua cervejinha – o que absolutamente não condeno, pois eu também gosto, embora tenha hora e lugar adequados para isso – comprova mais uma vez que se esse tipo de incidente acontece num autódromo, ele levaria o prejuízo sozinho, ninguém (exceto ele, talvez) se machucaria e não teríamos que ficar falando disto, lembrando que o fim de Jacarepaguá é culpa exclusiva da administração municipal do Rio de Janeiro e do sr. Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.