A Mil por Hora
Fórmula 1

Brilhante Alonso

RIO DE JANEIRO – O melhor piloto da safra atual da Fórmula 1 voltou a brilhar: Fernando Alonso acertou em cheio na pista e na estratégia e venceu o  GP da China, conquistando o 31º triunfo de sua carreira exatamente no 200º Grande Prêmio que disputou desde sua estreia em 2001. O campeonato de 2013 […]

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RIO DE JANEIRO – O melhor piloto da safra atual da Fórmula 1 voltou a brilhar: Fernando Alonso acertou em cheio na pista e na estratégia e venceu o  GP da China, conquistando o 31º triunfo de sua carreira exatamente no 200º Grande Prêmio que disputou desde sua estreia em 2001. O campeonato de 2013 começa com três equipes diferentes vencendo as três primeiras corridas do ano – Lotus na Austrália, Red Bull na Malásia e agora Ferrari na China.

Bem promissor, não?

A corrida deste domingo teve um pódio 100% de campeões do mundo, pois Räikkönen chegou em segundo (vigésima corrida consecutiva nos pontos, aliás) com este excelente E21 que parece ser um dos carros que melhor se entende com os pneus Pirelli – com qualquer tipo de composto, aliás; e Lewis Hamilton foi o terceiro. Notável a melhora dos carros prateados. Pole position na véspera para o britânico e um pódio. E ele não está tão distante assim do líder do campeonato. Acredito que ele poderá fazer muito mais com seu carro até o fim da temporada – principalmente ganhar corridas.

Quem também fez o que se pode chamar de “negócio da China” foi Sebastian Vettel, que saiu no lucro com a mudança de estratégia. Preferiu optar por não usar os pneus macios na classificação – aliás, nem treinou no Q3 – guardando os médios para usar em grande parte da corrida. O alemão fez uma prova de ataque e liderou circunstancialmente por seis voltas. Saiu de Xangai com o 4º lugar e a liderança do campeonato ainda é dele.

Outro que não pode se queixar de nada é Jenson Button, que com sua categoria consegue ‘empurrar’ a McLaren para posições mais à frente do que o potencial do MP4-28 pode supor. O britânico também fez uma corrida pautada pela tática diferenciada e com uma boa ultrapassagem sobre Felipe Massa acabou em 5º enquanto o brasileiro, que de novo não se entendeu nem com a estratégia e tampouco com os pneus, acabou em sexto.

Nos demais lugares pontuáveis, Daniel Ricciardo fez uma excelente corrida com o Toro Rosso STR8 e destacou-se entre os pilotos dos times médios. Chegou em 7º, à frente de um combativo Paul Di Resta, que salvou o dia da Force India. Um discretíssimo Romain Grosjean, nono colocado, antecedeu Nico Hülkenberg, outro destaque por ter liderado oito voltas durante a disputa – mesmo que de forma circunstancial.

Mais uma vez a decepção ficou por conta dos pilotos mexicanos: Sergio Perez ficou fora dos pontos com a McLaren, ao terminar em 11º e Estebán Gutiérrez atropelou a Force India de Adrian Sutil numa freada, terminando com a corrida dos dois. E entre as nanicas, nenhuma surpresa: Bianchi de novo na frente de Chilton, Pic e Van Der Garde, com a melhor volta do francês sendo quatro décimos melhor que a do companheiro de equipe em ritmo de corrida. A Caterham, com os pilotos que tem, já parece conformada em ser a pior equipe do ano.

Semana que vem tem o GP do Bahrein no circuito de Sakhir. Num país onde grassa o ódio e o ressentimento, esperamos que esses sentimentos sejam deixados de lado na pista e que a corrida seja interessante. Afinal de contas, um ano que começa com quatro campeões do mundo nas quatro primeiras posições e com 12 pontos apenas de diferença entre eles, não pode ser tão ruim assim.