A Mil por Hora
Fórmula 1

A escolha de Massa

RIO DE JANEIRO – Conta o jornalista Américo Teixeira Jr. em seu Diário Motorsport que Felipe Massa vai continuar na Fórmula 1 em 2014. O piloto brasileiro de 32 anos, vice-campeão mundial de 2008, teria assinado um contrato de cinco anos para ser o novo piloto da equipe Williams, no lugar do venezuelano Pastor Maldonado, […]

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RIO DE JANEIRO – Conta o jornalista Américo Teixeira Jr. em seu Diário Motorsport que Felipe Massa vai continuar na Fórmula 1 em 2014. O piloto brasileiro de 32 anos, vice-campeão mundial de 2008, teria assinado um contrato de cinco anos para ser o novo piloto da equipe Williams, no lugar do venezuelano Pastor Maldonado, que deixa a escuderia.

Ainda segundo foi apurado, Massa não terá que levar patrocinadores. Será piloto do time britânico com salários pagos. Sem a necessidade de levar $$$, parece que apesar de Maldonado cair fora da Williams, a PDVSA tem possibilidade de permanecer onde está, como patrocinadora – independentemente da nacionalidade dos pilotos que a defenderem a partir do próximo ano.

Interessante observar algumas coisas: Massa, que fará 33 anos em abril, assinou um contrato de longo prazo. A princípio, significa que a equipe – outrora uma das grandes forças da Fórmula 1, aposta na sua própria reconstrução, que será conduzida na engenharia pelo nefasto Pat Symmonds, contratado para suceder Mike Coughlan, que acabou demitido no meio deste campeonato. O novo modelo FW36 partirá do zero com os novos motores turbo. E cabe lembrar que a Williams não terá os motores Renault – a nova fornecedora será a Mercedes-Benz, como anunciado em maio último.

Um outro dado é que a Williams virou uma segunda casa de pilotos brasileiros. E, em contrapartida, nenhum deles se deu muito bem por lá desde que Nelson Piquet foi tricampeão mundial em 1987. Ayrton Senna, como todo mundo sabe, estava ao volante de um carro do time no fatídico 1º de maio de 1994. Antonio Pizzonia chegou a fazer algumas corridas pela escuderia, mas fracassou na última vez em que lhe foi dada uma chance e acabou preterido por Nick Heidfeld em 2005.

Tempos depois, foi a vez de Rubens Barrichello, que assinou por dois anos e imaginava cumprir uma terceira temporada pela Williams. Por sua vez, o experiente piloto foi preterido por Bruno Senna, que só completou uma temporada pela equipe onde o tio tentaria ser campeão novamente após suas conquistas pela McLaren. Saiu e deu lugar a Valtteri Bottas.

Até brinquei no facebook afirmando que depois de Piquet a Williams tornou-se uma verdadeira “caveira de burro” para pilotos brasileiros. Os fatos estão aí descritos e cabe à própria Williams e a Felipe Massa a oportunidade de poder devolver um pouco de dignidade a uma escuderia que hoje é uma sombra do seu próprio passado.

E com a ida de Massa para a Williams, negada por seu empresário, num claro sinal de que está tudo resolvido, continua a luta pelas cobiçadas vagas na Lotus e também na Force India. Sem contar a McLaren, que ainda não decidiu pela permanência de Sergio Pérez.

Na Lotus, é claro que Maldonado entra nesse jogo – e também na Force India. Mas continuo acreditando que Gérard Lopez e Eric Boullier não vão dar sopa para o azar e desperdiçar o ascendente talento de Nico Hülkenberg em troca do cacife do venezuelano. Se bem que, com as histórias cada vez mais nebulosas sobre o dinheiro que provém daquele país para financiar a carreira dos pilotos no exterior, pode ser que a torneira feche.

Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela chamada Silly Season 2014.