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Fórmula 1

Mais um recorde para Vettel

RIO DE JANEIRO – Oito vitórias consecutivas, 200 pontos nas últimas corridas antes do encerramento do campeonato em Interlagos. Não é brincadeira não: isso foi o que Sebastian Vettel conseguiu a partir do GP da Bélgica, após a interrupção do calendário da Fórmula 1 para um período de férias de verão. Daí em diante, foi […]

RIO DE JANEIRO – Oito vitórias consecutivas, 200 pontos nas últimas corridas antes do encerramento do campeonato em Interlagos. Não é brincadeira não: isso foi o que Sebastian Vettel conseguiu a partir do GP da Bélgica, após a interrupção do calendário da Fórmula 1 para um período de férias de verão. Daí em diante, foi uma sova do alemão em cima da concorrência, a conquista do tetracampeonato com boa antecedência e a quebra de mais um recorde na carreira do piloto alemão: com o oitavo triunfo seguido do ano, ele deixou para trás Michael Schumacher, que vencera sete vezes consecutivas em 2004. Alberto Ascari, o grande campeão italiano dos anos 50, também ganhou sete seguidas, mas em anos diferentes, precisamente 1952/53.

O segundo GP dos EUA disputado no belíssimo COTA em Austin, capital do Texas, conseguiu ser pior que o do ano passado. Nem a entrada do Safety Car em decorrência de um prematuro abandono do alemão Adrian Sutil, da Force India, foi capaz de ajudar a trazer alguma emoção a esta etapa do campeonato. Vettel não deixou e nem Romain Grosjean, que liderou momentaneamente a corrida, também não se esforçou para tentar estragar a festa do tetracampeão.

A nota positiva do fim de semana ficou por conta da performance de Nico Hülkenberg, outra vez levando a Sauber aos pontos com um bom 6º lugar e a excelente corrida de Valtteri Bottas, que completou em oitavo. O nórdico entrou para os compêndios: é o 323º piloto da história da Fórmula 1 a pontuar. A Finlândia, inclusive, nos oferece uma interessante estatística: com nove pilotos inscritos para pelo menos um GP na história, oito deles competiram (a exceção foi Mikko Kozarowitzky, em 1977). Desses oito, sete – agora com Bottas – pontuaram. O único que correu e não pontuou foi Leo Kinnunen, lenda da Endurance dos anos 70, que fez uma corrida apenas em 1974, na Bélgica.

Com relação à corrida de Felipe Massa, pouco há a ser dito, uma vez que após largar na segunda metade do pelotão, o brasileiro acabou vítima de uma estratégia que o fez parar duas vezes – a primeira para tentar se livrar de Jenson Button – e que não deu certo. O piloto cruzou em 13º na quadriculada, mas ganhou uma posição no resultado final porque Jean-Eric Vergne, da Toro Rosso, foi punido com acréscimo de 20″ ao seu tempo total de corrida por um incidente com Esteban Gutiérrez.

Fernando Alonso chegou em quinto e somou pontos importantes para ainda manter viva a briga da Ferrari pelo vice-campeonato. Para sorte da equipe italiana, a Mercedes somou apenas 14 pontos em Austin. Só que a Lotus fez 18 com Grosjean e, embora tenha esperado fazer mais com Kövalainen, outro que também se deu mal ao fazer duas trocas de pneus no GP dos EUA, acabou por reduzir um pouco a diferença que a separa da turma de Maranello. Faltando a última corrida no Brasil, está assim: Mercedes com 348 pontos, Ferrari com 333 e Lotus com 315.

No Mundial de Pilotos, nenhuma dúvida: Alonso vice-campeão e Hamilton, que está em 3º com 187 pontos, ainda tem que se preocupar. Mark Webber, quinto com 181, reúne chances matemáticas para superar o britânico. Räikkönen, que caiu para quarto com 183 (porque não correu neste fim de semana e não correrá mais em 2013), bem que podia estar nessa briga aí, não é não?