A Mil por Hora
Fórmula Indy

Outras frentes

RIO DE JANEIRO – Contratado pela Aston Martin para disputar o Campeonato Mundial de Endurance (WEC), Bruno Senna vai disputar a 7ª etapa da temporada neste fim de semana em Xangai, na China. O piloto brasileiro de 30 anos, embora tenha feito boas corridas com os carros do fabricante britânico nas divisões LMGTE, pelo visto […]

622_33722bb8-72b6-3fdc-b5c2-d544b78e9b58

RIO DE JANEIRO – Contratado pela Aston Martin para disputar o Campeonato Mundial de Endurance (WEC), Bruno Senna vai disputar a 7ª etapa da temporada neste fim de semana em Xangai, na China. O piloto brasileiro de 30 anos, embora tenha feito boas corridas com os carros do fabricante britânico nas divisões LMGTE, pelo visto não esqueceu sua passagem pelos monopostos, onde esteve em grande parte de sua carreira.

Segundo matéria do site da ESPN, o piloto mira a Fórmula Indy e os EUA. Mas aí há um problema: o calendário de corridas de Bruno não contemplaria os circuitos ovais – Indianápolis, Pocono, Fontana, Milwaukee, Texas e Iowa, o que inviabilizaria qualquer chance dele ser campeão. E o próprio piloto reconhece isso.

“Comecei negociação com algumas equipes, mas a dificuldade é que não eu correria em ovais, porque tenho um histórico familiar complicado… Não dá para abrir chances para essas coisas. Isso dificulta um pouco as condições para fazer isso lá. Vamos ver se eu consigo fazer uma temporada só de circuitos mistos na Indy, o que provavelmente limita a chance de ganhar campeonato. Não é tão fácil fazer assim, e se sair, pode ser um programa que eu possa fazer no ano que vem”, reconheceu.

O piloto considera corridas de monoposto mais “divertidas”, mas disse que a experiência com os GTs da Aston Martin no WEC tem sido até aqui bastante positiva.

“Foi bom, me adaptei rápido ao carro, temos sido super bem-sucedidos, largamos na pole em todas as corridas – menos uma – e estamos vencendo, as duas últimas corridas eu venci. Estou me divertindo bastante, mas claro que monopostos são sempre os carros mais divertidos de se pilotar”.

Eu tenho uma opinião a respeito dessa frente que o Bruno Senna quer abrir para sua carreira: ou ele faz a coisa bem feito, e isso significa disputar todo o campeonato, incluindo as 500 Milhas de Indianápolis, ou corre o sério risco de sofrer críticas por todos os lados por realizar a vontade dele pela metade. Até entendo as razões que permeiam o medo do piloto em correr em ovais, por conta da morte do tio Ayrton e também do pai do piloto, Flávio Lalli, embora não tenha acontecido numa pista de corrida.

Automobilismo, como todos nós sabemos, é esporte de risco. Se não for pra correr em oval, que Bruno continue sendo feliz no WEC, uma ótima alternativa aos que não têm mais chance de andar na Fórmula 1 ou não se sentem confortáveis em guiar nos ovais. Aliás, onde está mesmo Mike Conway, rival do piloto na Fórmula 3 inglesa?

Foto: Bruno Senna defende a Aston Martin no WEC, mas mira a Fórmula Indy para 2014 (divulgação)