A Mil por Hora
Fórmula 3

Fórmula 3 Brasil, 20 anos depois

http://www.youtube.com/watch?v=CQpLgOXuKSU RIO DE JANEIRO – Com teto de R$ 450 mil por carro para toda a temporada de 2013, renasce o sonho de se ter uma Fórmula 3 brasileira, 20 anos após o famoso imbroglio da última etapa do Campeonato Sul-Americano de 1993. Na ocasião, Hélio Castroneves venceu a corrida com um Ralt Mugen Honda da […]

http://www.youtube.com/watch?v=CQpLgOXuKSU

RIO DE JANEIRO – Com teto de R$ 450 mil por carro para toda a temporada de 2013, renasce o sonho de se ter uma Fórmula 3 brasileira, 20 anos após o famoso imbroglio da última etapa do Campeonato Sul-Americano de 1993.

Na ocasião, Hélio Castroneves venceu a corrida com um Ralt Mugen Honda da equipe de Amir Nasr, resultado que o deixaria com o título de campeão daquela temporada, porque o principal rival do piloto, o argentino Fernando Croceri, vinha em 5º lugar. Em circunstâncias até hoje jamais esclarecidas, mas que ocasionaram uma bulha sem tamanho, três argentinos (Fabián Malta, Nestor Gabriel Furlán e Guillermo Kissling) que vinham à frente do referido antagonista do brasileiro, tiraram o pé e permitiram que Croceri, ao chegar em segundo, comemorasse o título sul-americano da categoria. Detalhe: Croceri, Furlán e Malta tinham o patrocínio da YPF em seus carros. Outro detalhe: o motor Mugen do Ralt de Croceri não rendia bem desde o início da corrida, o que explicava o piloto em 5º lugar no início da última volta.

A atitude – condenada inclusive por vários argentinos – precipitou um racha na F-3 sul-americana e todos perderam. Os nossos vizinhos tiveram que se virar com um campeonato que mal tinha 12 carros por prova e as equipes brasileiras fizeram o certame doméstico, onde foram usados pela primeira vez chassis mais modernos que os Ralt de 1991 que eram maioria nas nossas pistas. Cristiano da Matta ganhou o título brasileiro, derrotando, entre outros, Hélio Castroneves, Ruben Fontes, Marcelo Tedesco, Bruno Junqueira e Ricardo Zonta.

Agora, a história é outra. Os argentinos quase não têm mais interesse nas competições de monoposto, embora Bruno Etman tenha vencido a temporada 2013 na divisão Light. A Fórmula 3 também não apresenta mais a força de outrora. A categoria se arrastou durante todo o ano com um número pífio de competidores e somente na etapa inaugural em Interlagos houve 13 inscritos. Várias corridas tiveram apenas seis carros na pista, compondo um panorama desalentador para uma categoria que já teve quase 30 pilotos por prova, no seu auge.

Nesta semana, em apresentação ocorrida no Parque Beto Carrero em Penha (SC), os organizadores da Fórmula 3 – Vicar, leia-se – expuseram o pacote para a disputa do campeonato, onde a categoria principal segue com os chassis Dallara F308/309 e motores Berta 2.3 litros de 260 HP de potência, calçados com pneus Pirelli importaods, ao custo de R$ 450 mil/ano. Na divisão Light, sobrevivem os Dallara F301, também com motor Berta e pneus Pirelli – de origem nacional. O preço cai ainda mais: R$ 195 mil/ano.

De acordo com o calendário, a Fórmula 3 Brasileira terá oito rodadas duplas e 16 corridas, em sete circuitos diferentes, começando em abril de 2014 em Tarumã. Torço para que a inciativa dê certo, que haja uma forma da categoria se sustentar e manter sua tradição de grande formadora de talentos para o automobilismo brasileiro e internacional.

Eis as datas:

05 e 06/04 – Tarumã
12 e 13/04 – Santa Cruz do Sul
03 e 04/05 – Goiânia
24 e 25/05 – São Paulo
26 e 27/07 – Curitiba
06 e 07/09 – Velopark
18 e 19/10 – Curitiba
22 e 23/11 – Brasília