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United Sports Car Championship

Roar Before The Rolex 24: último dia tem Westbrook na frente

RIO DE JANEIRO – Domingo de temperatura agradável na Flórida, superior a 20º C. E os pilotos e equipes do Tudor United SportsCar Championship tiveram o último dia de trabalho no Roar Before The Rolex 24, os treinos coletivos de inverno antes da realização das 24 Horas de Daytona, previstas para o fim deste mês. […]

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RIO DE JANEIRO – Domingo de temperatura agradável na Flórida, superior a 20º C. E os pilotos e equipes do Tudor United SportsCar Championship tiveram o último dia de trabalho no Roar Before The Rolex 24, os treinos coletivos de inverno antes da realização das 24 Horas de Daytona, previstas para o fim deste mês.

E, a exemplo do que já acontecera na maioria das sessões, os protótipos Corvette DP foram superiores em relação aos outros concorrentes. Os carros da Action Express estiveram fortes durante todo o fim de semana, mas nos últimos dois treinos, quem deu as cartas foi a Spirit of Daytona. O carro #90 guiado por Richard Westbrook estabeleceu mais cedo o melhor tempo do dia em 1’39″748, apenas 0″114 melhor que o #10 da família Taylor e do italiano Max Angelelli.

No combinado das sessões, como era de se esperar, a Action Express ficou na frente, com a marca de 1’38″630, superior ao 1’38″898 da Spirit of Daytona e ao 1’38″980 obtido pelo #01 da Chip Ganassi Racing, que não treinou hoje.

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O melhor LMP2, após os três dias de testes, foi o HPD ARX-03b #1 da Extreme Speed Motorsports. O bom trabalho de Scott Sharp/Ryan Dalziel/David Brabham colocou este carro com o 7º tempo geral, a pouco mais de um segundo do melhor tempo dos ensaios. Informações dão conta que estes carros, além de correrem com pneus Continental, comuns aos Daytona Prototypes – e bem menos aderentes que os Michelin da American Le Mans Series – estão “estrangulados” pelo BoP da IMSA e têm pelo menos 10 mph a menos de velocidade de ponta em reta, o que faz uma bela diferença em relação aos espartanos modelos usados na antiga Rolex Sports Car Series, que ganharam melhorias mecânicas, de freios e aerodinâmica.

Enfim, a diferença não é tão grande e pode ser que em circuitos menos travados que Daytona os LMP2 e também o DeltaWing se saiam melhor. Aliás, o estranho protótipo esteve longe de ser um escárnio nos testes. A equipe fez um bom trabalho e o carro guiado por Alexander Rossi, Katherine Legge e Andy Meyrick andou com constância e quase sem nenhum problema ao longo dos treinos, ficando com o 12º tempo a quase dois segundos da melhor marca. Nada mal…

Quem não tem motivos pra sorrir é a SpeedSource. O motor Skyactiv-D continua pouco competitivo e, mesmo com dois carros de apelo visual belíssimo, a escuderia de Sylvain Tremblay tem um longo caminho a percorrer. Os carros foram muito lentos, ficando na cauda do pelotão o tempo inteiro. Para piorar, o melhor tempo do protótipo #70 foi mais de 10 segundos mais lento que o Corvette DP da Action Express Racing, levando ferro até de vários carros da classe GTD. Tá feia a coisa…

Entre os Oreca FLM09 da divisão Prototype Challenge, onde quatro brasileiros – Raphael Matos, Júlio Campos, Gabriel Casagrande e Bia Figueiredo – treinaram, o melhor tempo após os três dias de testes coube ao carro #8 da Starworks Motorsport, guiado pelo piloto da GP2 Series Sam Bird, que marcou 1’42″010, na terceira sessão, disputada no sábado. O tempo do britânico foi quatro décimos melhor que o #54 da CORE Autosport e meio segundo abaixo do #25 da 8Star Motorsports.

Com a marca de 1’43″324, o carro #38 de Matos, Campos e Casagrande completou o Roar Before The Rolex 24 com a quinta melhor marca. Para os dois recém-chegados a Daytona (no caso Campos e Casagrande), foi importante participar dos testes para se familiarizarem com a pista e com o protótipo que guiarão nas 24 Horas. O carro onde Bia Figueiredo foi inscrita, o #7 da Starworks, só fez seu melhor tempo hoje – 1’44″285 – na última sessão.

A Porsche riu por último nos testes entre os carros da divisão GTLM, embora a grande vedete dos testes tenha sido o novo Corvette C7-R, que saiu competitivo da oficina Pratt & Miller. O “trovão”, ainda sem pintura definitiva, liderou vários treinos e os dois carros ficaram em segundo e terceiro, com tempos na casa de 1’45” alto. O Porsche #911 ficou com 1’45″564, tempo obtido na sexta-feira, no dia mais frio dos testes.

Com dez carros inscritos, a GTLM foi um show de competitividade, marca registrada da classe que vem a reboque do regulamento ACO/FIA usado na extinta American Le Mans Series. Seis desses carros ficaram dentro do mesmo segundo do tempo do Porsche líder e os dez foram separados por pouco mais de dois segundos. Amazing!

E no confronto entre os modelos alemães na numerosa divisão GTD, a Audi acabou à frente da Porsche. O #45 da Flying Lizard Motorsports, com o bom trabalho dos pilotos Spencer Pumpelly/Nelson Canache/Tim Pappas/Markus Winkelhock, estabeleceu o melhor tempo em 1’47″981, na sexta-feira. O carro da marca dos quatro anéis de Ingolstadt foi pouco mais de dois décimos superior ao #58 de Madison Snow/Jan Heylen/Marco Seefried, que surpreendeu com o segundo tempo ao fim dos ensaios.

A Park Place foi outra surpresa: graças ao austríaco Norbert Siedler, conseguiram o 3º melhor tempo da classe, antecedendo o #22 da Alex Job Racing e o #28 da Dempsey Racing, que fez uma parceria bastante frutuosa com a Konrad Motorsport.

Entre os outros construtores, a melhor Ferrari foi a #556 da Level 5 Motorsports, com o sétimo tempo no agregado. O único SRT Viper GT3-R, da Riley Motorsports, fez muita quilometragem, mas só ficou com o 21º lugar do grupo. Um pouco melhor, por exemplo, que o Aston Martin V12 Vantage da TRG e menos ruim que a BMW Z4 GT3 da Turner Motorsport, outra escuderia com imenso caminho a percorrer. Mesmo com o concurso do brasileiro Augusto Farfus nos testes, o time de Will Turner não terá vida fácil na primeira etapa do campeonato. O melhor tempo do #94 – 1’49″249 – só veio após muito esforço, na oitava e última sessão das atividades, justamente neste domingo.

No total, 62 veículos marcaram tempo. Quatro carros da Prototype Challenge não apareceram – os dois da RSR Racing e os dois da Level 5 Motorsports. Mas todos eles devem competir nas 24 Horas. Num destes carros estará o brasileiro Bruno Junqueira. Outro carro que não andou foi a Ferrari #65 da Scuderia Corsa, que será alinhada para Chico Longo/Daniel Serra/Xandinho Negrão/Marcos Gomes. Nos treinos do Roar Before The Rolex 24, o melhor carro do time, aliás, ficou em 24º na classe.

Os tempos do sétimo treino estão aqui e do oitavo, aqui. O resultado combinado do Roar Before The Rolex 24 está aqui.