A Mil por Hora
Fórmula 1

Sem excentricidades

RIO DE JANEIRO – Eis que em meio à fauna de modelos com dianteiras tenebrosas, a Red Bull opta pelo simples, sem deixar de seguir os preceitos aerodinâmicos que norteiam as seções frontais dos outros carros: o novo RB10 apresentado hoje em Jerez de la Frontera mantém o padrão de seus modelos antecessores e, mesmo […]

RIO DE JANEIRO – Eis que em meio à fauna de modelos com dianteiras tenebrosas, a Red Bull opta pelo simples, sem deixar de seguir os preceitos aerodinâmicos que norteiam as seções frontais dos outros carros: o novo RB10 apresentado hoje em Jerez de la Frontera mantém o padrão de seus modelos antecessores e, mesmo com a dianteira mais baixa que o habitual, Adrian Newey optou por não apresentar excentricidades.

Particularmente, eu gostei. É bom ter uma exceção em meio ao que temos visto e nos horrorizado nesta pré-temporada. Newey, o gênio da engenharia, seguiu um caminho próprio que pode ditar uma tendência no futuro. Como a tendência é reduzir o arrasto aerodinâmico para proporcionar um ganho maior no consumo de combustível, o engenheiro pensou numa solução bastante interessante para otimizar o fluxo de ar na parte inferior do monoposto. O bico tem uma espécie de quilha que divide esse fluxo para os dois lados do RB10. Certamente foram feitos muitos estudos em túnel de vento para que fosse adotada esta solução.

E como os motores turbo V6 de 1,6 litro são mais compactos que os V8 usados até o ano passado, também o desenho da parte traseira do novo Red Bull apresenta interessantes pormenores, no que tange aos escapes, próximos às suspensões traseiras pull-rod. As fotos de apresentação do RB10 não deixam claro o que Newey pretendeu quanto ao desenho e à eficiência da asa traseira do bólido, mas não duvidem: há brechas que ele certamente explorou e poderão trazer benefícios à velocidade de ponta nesse sentido.