Quem desfilava sua competência a bordo do protótipo era Jayme Silva, que durante muito tempo foi piloto Simca, ao lado de Ciro Cayres, Fernando “Tôco” Martins e Pedro “Jaú” Aguera. A partir de 1968, com o fim da Simca no país, já que a marca francesa foi absorvida pela Chrysler, Jaime mudou para os carros da “Fenemê”, com mecânica italiana da Alfa Romeo.
Quando o Fúria, um herdeiro direto do conceito do protótipo Bino Ford, foi concebido, Jaime foi a escolha natural para guiá-lo nas corridas de média e curta duração, tendo Ugo Gallina como parceiro nas provas longas como os 1000 km de Brasília e as Mil Milhas.
Mas foi nos eventos em que Jayme guiou sozinho que o carro brilhou: o Fúria FNM foi 2º colocado nos 500 km de Interlagos após uma briga fortíssima com o Bino de Luiz Pereira Bueno, com direito à melhor volta da corrida, na média horária de 176,802 km/h. E na inauguração do Autódromo de Tarumã (foto acima), em 8 de novembro de 1970, Jaime derrotou não só o Bino do “Peroba” como também uma série de outros excelentes carros.
Jayme correu ainda com versões do Fúria equipadas com motores BMW e Lamborghini. E tempos depois, ao deixar o volante, se tornaria um dos mais respeitados preparadores do automobilismo brasileiro, fazendo motores campeões na Stock Car para os irmãos Giaffone.