A Mil por Hora
Fórmula Indy

O Montoyucho voltou!

RIO DE JANEIRO – A volta de Juan Pablo Montoya aos monopostos, após o brilharete na Fórmula 1 e uma passagem opaca pela Nascar, sempre foi vista com desconfiança de muitos e uma ponta de desdém por outros. Afinal de contas, quem acreditaria ainda que o piloto de 38 anos seria capaz de repetir pelo […]

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A alegria incontida de Juan Pablo Montoya após a primeira vitória na Indy depois de 13 anos

RIO DE JANEIRO – A volta de Juan Pablo Montoya aos monopostos, após o brilharete na Fórmula 1 e uma passagem opaca pela Nascar, sempre foi vista com desconfiança de muitos e uma ponta de desdém por outros. Afinal de contas, quem acreditaria ainda que o piloto de 38 anos seria capaz de repetir pelo menos uma vez os desempenhos de outrora, que o fizeram ser campeão da Fórmula Indy e das 500 Milhas de Indianápolis?

Roger Penske acreditou. Achou que fosse possível reviver o velho Montoyucho dos tempos do time de Chip Ganassi. E o colombiano se esforçou o quanto pôde, desde que o anúncio de sua contratação foi feito no ano passado: ficou mais magro e perdeu peso. Não está no esplendor da forma física, é verdade. Mas para caber no Dallara DW12 #2 da lendária equipe estadunidense, JPM teria que se submeter a um regime e abandonar as constantes idas às filiais ianques da churrascaria Fogo de Chão, que viraram piada e criaram o chamado “Momento Montoya” nas redes sociais.

É verdade que a temporada de Montoya em seu retorno à Indy após 13 anos tem sido bem mais ou menos, cheia de altos e baixos. Mas nunca se pode subestimar um piloto que sabe vencer corridas.

Pois neste domingo, Montoya fez as pazes com a vitória. Levou a melhor numa velocíssima edição das 500 Milhas de Pocono, na Pensilvânia. Menos de 2h30min em 200 voltas foram suficientes para que a corrida marcasse o novo recorde de velocidade média numa prova em circuito fechado na história do automobilismo – 202.402 mph, equivalentes a 325,670 km/h.

Para o torcedor brasileiro, foi uma corrida que misturou alívio – pelo 2º lugar de Hélio Castroneves, que recolocou o piloto na briga pelo título – e tristeza, porque a tática da Ganassi, que invariavelmente funciona, não deu certo desta vez e Tony Kanaan, líder pouco antes da quadriculada, precisou fazer um splash and dash na volta 197. Tony liderou o maior número de voltas – 78 no total – e acabou apenas em décimo-primeiro.