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Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (208)

RIO DE JANEIRO – A máquina da foto acima é o que podemos chamar de “cadeira elétrica”. Para quem não conhece, aí está o BRM P207, último carro da British Racing Motors, equipe que competiu na F1 entre 1951 e 1977. “Inspirado” na Ferrari 312T, o projeto de Mike Pilbeam e Len Terry tinha monocoque […]

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RIO DE JANEIRO – A máquina da foto acima é o que podemos chamar de “cadeira elétrica”. Para quem não conhece, aí está o BRM P207, último carro da British Racing Motors, equipe que competiu na F1 entre 1951 e 1977.

“Inspirado” na Ferrari 312T, o projeto de Mike Pilbeam e Len Terry tinha monocoque em alumínio, motor BRM V12 e caixa de câmbio desenvolvida pelo próprio fabricante. Marcaria o regresso da equipe após praticamente um ano fora das pistas, mas o P207 foi um retumbante fracasso, apesar do patrocínio dos relógios Rotary. Tanto que Louis Stanley, o proprietário do time, mandou trazer o P201B, com três anos de uso, para a disputa do GP da África do Sul, após o péssimo desempenho em Interlagos, no GP do Brasil.

Larry Perkins, o piloto que disputaria todo o campeonato, caiu fora após o GP dos EUA-Oeste, em Long Beach. No circuito de Jarama, a BRM mudou de número. Passou do #14 para o #35 e trouxe o sueco Conny Andersson (aqui fotografado em Dijon-Prenois), campeão europeu de F3. Não deu certo. No GP da Inglaterra, Guy Edwards teve sua única – e terrível – experiência com o P207 e depois Teddy Pilette não se classificou para as corridas da Alemanha e da Áustria. Antes do GP da Holanda, a BRM fechou definitivamente suas portas, pondo fim a uma trajetória de 197 GPs disputados com 19 vitórias, 11 pole positions, 15 melhores voltas, 61 pódios, 433 pontos somados e o título do Mundial de Construtores em 1962.

Um fim inglório para quem, quatro anos antes, é bom lembrar, ainda era a principal equipe da Marlboro na Fórmula 1.

Há 37 anos, direto do túnel do tempo.

Aliás, o blog lança um desafio aos leitores: até o próximo dia 25, votem em 10 carros e escolham as maiores “cadeiras elétricas” da história da F1. Fiquem à vontade. Votem na área de comentários deste post e o resultado virá dia 26. Para não influenciar nas escolhas ou evitar respostas copiadas, os comentários serão moderados. Mãos à obra!