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RIO DE JANEIRO – O mundo do automobilismo entrou em choque com a notícia que começou a circular nesta segunda-feira. Vice-líder do Campeonato Europeu de Fórmula 3, com oito vitórias conquistadas na temporada, cujas corridas os leitores do blog podem acompanhar em vídeos que posto originados do YouTube, o holandês Max Verstappen será piloto de […]

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De kartista em 2013 a piloto de F1 em 2015: Max Verstappen tem a trajetória mais meteórica da história do automobilismo, sem nenhuma dúvida

RIO DE JANEIRO – O mundo do automobilismo entrou em choque com a notícia que começou a circular nesta segunda-feira. Vice-líder do Campeonato Europeu de Fórmula 3, com oito vitórias conquistadas na temporada, cujas corridas os leitores do blog podem acompanhar em vídeos que posto originados do YouTube, o holandês Max Verstappen será piloto de Fórmula 1 em 2015.

Mas há alguns detalhes cruciais para chocar todo mundo ainda mais: Verstappen era piloto de kart até o ano passado. O filho de Jos Verstappen, que também esteve na categoria máxima entre 1994 e 2003, em períodos irregulares, tem apenas 16 anos. Faz 17 no mês que vem. Precisamente no dia 30.

Tem mais: Verstappen entra para ser TITULAR. Não é para ser piloto de testes ou para guiar nas sextas-feiras de treinos livres. O piloto foi contratado pela Toro Rosso, o time satélite da Red Bull, para compor dupla com outro garoto recém-saído das fraldas, o russo Daniil Kvyat. A equipe sediada em Faenza é quase uma reedição dos New Kids on The Block, uma das muitas boy bands que já surgiram na história da música para vender aos borbotões, molhar as calcinhas de adolescentes pré-púberes e enciumar garotos de 16 anos – feito Max Verstappen.

A Red Bull joga Jean-Éric Vergne para escanteio, algo que – aliás – não surpreende. A marca de energéticos, através de suas equipes, é useira e vezeira nessas atitudes. Queimou o filme de Sébastien Bourdais, acabou com a carreira de Jaime Alguersuari e relegou Sébastien Buemi ao World Endurance Championship, embora o helvético ainda tenha ligações com a marca. Agora, Vergne é mais um a pertencer ao rol dos excluídos.

Quanto a Verstappen, por sinal anunciado na última semana como o mais novo piloto apoiado pela Red Bull no automobilismo mundial, é um espanto que a F1 tenha um menor de idade em suas fileiras. De longe, ele se tornará o mais jovem piloto de todos os tempos na categoria, superando o recorde de Alguersuari, que superou o neozelandês Mike Thackwell em 2009, ao estrear no GP da Hungria daquele ano aos 19 anos, quatro meses e cinco dias. Ele, Max, será o protagonista da ascensão mais meteórica da história do esporte, também, ao passar do kart para a Fórmula 1 em dois anos.

E pensar que, quando eu tinha 16 anos de idade, o campeão mundial foi Nelson Piquet e naquele mesmo ano de 1987, Raul Boesel tornava-se o campeão mundial do World SportsCar Championship…