A Mil por Hora
Fórmula 1

Quarenta anos de uma vitória que não vivi

RIO DE JANEIRO – Dia 26 de janeiro de 1975. Há 40 anos, José Carlos Pace fazia história no templo que hoje leva seu nome. O piloto da Brabham ganhava o GP do Brasil em dobradinha com Emerson Fittipaldi, levando à loucura as mais de 100 mil pessoas que lotavam Interlagos naquele domingo ensolarado numa […]

Moco-75

RIO DE JANEIRO – Dia 26 de janeiro de 1975. Há 40 anos, José Carlos Pace fazia história no templo que hoje leva seu nome. O piloto da Brabham ganhava o GP do Brasil em dobradinha com Emerson Fittipaldi, levando à loucura as mais de 100 mil pessoas que lotavam Interlagos naquele domingo ensolarado numa cidade que não se via às voltas com racionamento d’água, como hoje.

É um dia especial e até hoje saudado pelos que são apaixonados – como eu – por automobilismo. Porque não há de se esquecer do Moco. Aquele que foi eternizado em livros como o nosso “campeão mundial sem título”. Pace foi justamente isso: um talento nato, um grande piloto que muitos de nós tivemos a chance de ver competindo, que nunca teve a chance de ser o número #1 na Fórmula 1.

Aquela foi a única vitória dele na categoria máxima, a bordo da lendária Brabham BT44B pintada de branco com a elegante decoração da Martini & Rossi. Naquele carro genial, obra do talento do sul-africano Gordon Murray, Moco se fundia com a máquina e quando vestia seu macacão e o capacete azul-escuro com as setas que saíam de cada lado, parecia uma coisa só. Tento e não consigo imaginar a catarse que foi aquela última volta, o público urrando nos barrancos e arquibancadas, saudando o triunfo do ídolo querido.

Assim como o amigo Luiz Alberto Pandini confessou no Facebook, digo o mesmo: a vitória do Moco no GP do Brasil de 1975 é uma daquelas que gostaria de ter vivido e presenciado. Meus três anos, quase quatro, à época, não me permitiam saber o que era Fórmula 1.

Mas, para nossa felicidade, momentos como esse permanecem eternos. José Carlos Pace também.